Fóssil de Paranthropus boisei- Fonte: wikipédia
Segundo Thure Cerling, da Universidade de Utah, que liderou a pesquisa, "Foi uma surpresa. Não esperávamos encontrar uma fracção tão grande de erva na dieta dos nossos ancestrais ou dos seus parentes imediatos. Não há nenhum babuíno moderno que seja um comedor de erva", o que significa que o Paranthropus boisei, que viveu entre 2,3 e 1,2 milhões de anos, competia com os herbívoros.
O estudo foi feito medindo os isótopos de carbono presentes em 24 dentes de 22 indivíduos da espécie, que viveram entre 1, 9 e 1,4 milhões de anos na região norte e central do Quénia, na África. Os resultados mostram uma dieta do hominídeo composta, em média, por 77% de gramíneas.
Eles também compararam os seus dentes com os de outros mamíferos que viveram no mesmo ambiente, como zebras, hipopótamos e porcos primitivos. Todos comeram as mesmas plantas, ou seja, compartilhando o mesmo menu que os hominídeos que já eram capazes de andar sobre dois pés.
Este estudo confirma os resultados obtidos noutro estudo, realizado em 2009, com base nas marcas encontradas nos dentes de “Homens Quebra-Nozes”, e que sugere que eles comiam frutas macias e erva.
O primeiro fóssil de Paranthropus boisei, com 1,75 milhões de anos, foi descoberto em 1959, pelo casal de paleontólogos Louis e Mary Leakey – o actual estudo teve a participação de Meave Leakey, mulher de Richard Leakey, filho do casal.
Até ao momento, o seu nome científico sofreu algumas alterações. Primeiro foi conhecido como Zinjanthropus boisei, depois como Australopithecus boisei e, finalmente, foi-lhe concedido um género próprio passando a chamar-se Paranthropus boisei.
Fonte: ÚltimoSegundo
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