Pouco optimismo na Cimeira das Alterações Climáticas, em Cancúm

A cimeira do clima da ONU começa hoje em Cancún, no México, e irá prolongar-se até 10 de Dezembro. Especialistas e destacadas personalidades, na luta contra as alterações climáticas, mostram-se pessimistas sobre a eventual assinatura de um tratado global com as metas obrigatórias em relação à emissões dos gases poluentes que afectam o clima, depois do fracasso de Copenhague.

Balão do Greenpeace com mensagens "Salvem o Clima" e "Stop Alterações Climáticas" sobre as ruínas da antiga cidade maia de Chichén Itzá (Cancun, México)

Crédito: Greenpeace

Para a organização ambientalista Greenpeace, nesta reunião os governos têm a oportunidade de escolher entre um futuro seguro ou deixar que as alterações climáticas continuem a ameaçar a vida na Terra. Os dados divulgados pela Organização Meteorológica Mundial mostram, claramente, que os níveis de concentrações atmosféricas de gases de efeito estufa atingiram o seu ponto mais alto em 2009, desde o início da Revolução Industrial (Veja quem são os emissores de dióxido de carbono).
A China, um dos países mais poluidores, e as restantes economias emergentes fazem depender a sua decisão dos Estados Unidos. De acordo com o jornal El Mundo.es, para os participantes esta cimeira é mais um encontro de  transição entre Copenhague e o encontro de Durban, na África do Sul em Dezembro de 2011. Se aqui houver mais um fracasso, os países podem começar a desenvolver estratégias unilaterais, ou bilaterais, no máximo, sem qualquer acordo internacional, o que seria bastante prejudicial, na opinião de alguns dos especialistas, porque os países poderão tomar as decisões erradas. O conflito entre China e Estados Unidos é apontado, por alguns, como o maior obstáculo a um consenso sobre as alterações climáticas.
Mais informações em:
Nova cimeira do clima inspira baixas expectativas
La Cumbre del Clima de la ONU arranca hoy en Cancún envuelta en pesimismo
Boletim dos gases de efeito de estufa da Organização Meteorológica Mundial
Los desastres climatológicos han matado a 21.000 personas
Posição da organização WWF na Cimeira de Cancún 2010 (espanhol)