Entre as descobertas, está uma rã de olhos vermelhos, um pequeno sapo de nariz comprido, do género Rhinella e que costuma esconder-se debaixo de folhas secas e uma rã com faixas vermelhas nas pernas, do género Silverstoneia. As três espécies foram encontradas durante o dia, quando demonstraram ser mais activas, um comportamento que os cientistas dizem ser incomum para a maioria dos anfíbios.
A equipa, que incluia cientistas da Fundação ProAves, da Conservation International e da Global Wildlife Conservation, encontrava-se na região colombiana de Chocó, no âmbito do programa "À procura de anfíbios perdidos", tentando localizar cerca de uma centena de espécies de anfíbios que poderão estar à beira da extinção ou mesmo já extintas, e que já não são vistas há muito tempo.
As espécies encontradas são importantes para a biodiversidade da Colombia e do planeta, numa altura em que muitas espécies de anfíbios estão em vias de extinção devido a factores como as alterações climáticas, a desflorestação acelerada e o fungo Batrachochytrium dendrobatidis, que ameaça o mundo dos anfíbios.
Redescoberta a rã venenosa da La Brea, Oophaga occultator
A expedição reencontrou, ainda, outras espécies com interesse de conservação, incluindo a rã venenosa de La Brea, Oophaga occultator, descrita pela primeira vez em 1976. O nome desta espécie (occultator) foi dado por viver escondida no meio da selva.
A importância da sua descoberta tem a ver com a recolha de dados sobre a espécie e a sua distribuição, além de alertar sobre o estado de desflorestação do seu habitat, com vista à conservação. As poucas vezes que foi vista em estado selvagem (1975) verificou-se que preferia as partes superiores das árvores e galhos.
Canto de chamamento do macho da rã venenosa Oophaga histrionic, da região de Chocó, na Columbia.
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