Más notícias para os ursos polares: países não estão de acordo quanto à sua protecção - Crédito imagem: wikipédia
Foi rejeitada uma tentativa de proibir o comércio de ursos polares, esta quinta-feira (7 de Março), durante a conferência internacional sobre o comércio de espécies selvagens, que decorre em Banguecoque, entre 3 e 14 de Março.
Os Estados Unidos tentavam impedir a venda de peles, dentes e patas de ursos polares, uma espécie ameaçada de extinção, propondo passar os ursos para o Anexo I da Convenção Internacional sobre o Comércio de Espécies Selvagens (Cites, na sigla em inglês). Os animais e plantas deste anexo só podem ser comercializados em circunstâncias muito excepcionais, como acontece com os elefantes.
No entanto, a proposta não teve o apoio do Canadá, Gronelândia e Noruega que, juntamente com os Estados Unidos e a Rússia, compartilham a população de ursos polares do planeta. A proposta dividiu também outros países, e acabou por não ser aceite. A União Europeia absteve-se da votação final e Portugal não se mostrou favorável à pretensão dos Estados Unidos.
Dois terços dos ursos polares do mundo - entre 20.000 e 25.000 - vivem no Canadá, onde a população aborígene Inuit, que vive no norte do país, caça cerca de 600 por ano, como modo de subsistência. As comunidades locais conseguem algum rendimento com a venda das peles, dentes e patas e também com a caça desportiva de cerca de 20 ursos polares.
Embora a população Inuit assegure que a sua caça é feita de modo sustentável, os Estados Unidos consideram que a caça é mais uma ameaça à espécie, classificada de “vulnerável” pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e que já está a ser afectada pela redução do seu habitat, a superfície congelada do Árctico, devido ao aquecimento global.
Por sua vez, a Rússia que apoiou os Estados Unidos, afirmou que a caça permitida no Canadá está a incentivar a morte de ursos noutros países onde a actividade é ilegal.
Para o Fundo Internacional para o Bem-estar Animal (IFAW, na sigla em inglês), o chumbo da proposta norte-americana representa uma oportunidade perdida para proteger os ursos polares. Com a redução do seu habitat, os ursos enfrentam baixas taxas de reprodução e elevada mortalidade e a caça é mais uma ameaça da espécie já com dificuldades.
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