segunda-feira, 14 de maio de 2012

Descoberto o mural mais antigo de arte rupestre

Abri Castanet, sítio pré-histórico da comuna de Sergeac, no vale de Castel Merle, Dordogne, França, onde foi encontrada a forma de arte rupestre mais antiga, do período Aurignaciano da Humanidade - Fonte: wikipédia

Uma equipa internacional de antropólogos descobriu, num abrigo do sul de França, o que eles consideram ser a evidência mais antiga de arte rupestre de há 37.000 anos, cerca de 5.000 anos antes das famosas pinturas rupestres da gruta de Chauvet, até agora as mais antigas conhecidas.
Os investigadores encontraram, em Abri Castanet, gravações simples e algumas pinturas de animais e formas geométricas num bloco de calcário, com 1,5 toneladas de peso, que formava parte do tecto da gruta mas que desabou.
Imagens das decorações e artefactos encontrados podem ser vistas neste endereço.
As primitivas obras de arte já tinham sido encontradas em 2007, mas ainda não tinham sido datadas com precisão. Foram analisados restos de carvão recolhidos no solo através de carbono 14, e os resultados indicam que o mural do tecto e outros artefactos encontrados foram feitos por humanos primitivos do Período Aurignaciano, uma cultura que substituiu a Musteriense (ou Musteriana) dos neandertais.
Abrí Castanet e Abrí Blanchard, que fica próximo, são considerados dos sítios mais ricos em ferramentas e adornos pessoais (dentes de animais e conchas perfuradas, contas de marfim, etc) do Paleolítico. Abri Castanet, onde foi encontrado o bloco de rocha decorado, foi um antigo abrigo de caçadores pré-históricos. Pertencia ao tecto do lugar onde viviam, há 37.000 anos.
"É mais antigo que as famosas pinturas de Chauvet, no sudeste do país. No entanto, enquanto estas estão num lugar subterrâneo e profundo, longe da zona habitada, neste caso a arte aparece associada à vida quotidiana, perto das ferramentas, do lugar onde faziam o fogo e onde fabricavam os ornamentos", assinala Randall White, antropólogo da Universidade de Nova York e um dos autores do estudo publicado em 'Proceedings of the National Academy of Sciences' (PNAS).
Fonte: El Mundo.es

Sem comentários: