Espectacular imagem da nebulosa Helix, captada em infravermelho pelo Telescópio Espacial Spitzer, da NASA. Chama a atenção as suas cores vivas e estranha semelhança com um olho gigante. Na realidade, trata-se de uma nebulosa planetária, localizada a cerca de 700 anos-luz, na constelação de Aquário.
As nebulosas planetárias são restos de estrelas que eram semelhantes ao nosso Sol. Quando morrem, estas estrelas atiram para o espaço as suas camadas gasosas exteriores. Estas camadas são aquecidas pelo núcleo quente da estrela morta, chamada de anã branca, e brilham com as cores de infravermelho e visível. O nosso próprio Sol irá transformar-se numa nebulosa planetária quando morrer, dentro de cinco biliões de anos.
Nesta visão infravermelha do Spitzer, a nebulosa Helix parece mais o olho de um monstro verde, onde a luz infravermelha das camadas gasosas exteriores está representada em tons azuis e verdes. A anã branca é visível como um pequeno ponto branco no centro da imagem. A cor vermelha no meio do olho indica as camadas finais de gás que explodiram quando a estrela morreu.
O pequeno círculo vermelho brilhante no centro é o brilho de um disco de poeira que circunda a anã branca - Crédito: NASA/JPL-Caltech/Univ.of Ariz.
Após 10 anos no espaço, o Telescópio Espacial Spitzer, da NASA, continua a observar o lado escuro do universo com os seus olhos infravermelhos.
Lançado a 25 de Agosto de 2003, a partir do Cabo Canaveral, na Flórida, Spitzer é o maior telescópio infravermelho no espaço, o que lhe permite ver o lado mais distante, frio e poeirento do universo. Muitas áreas do espaço estão cheias de nuvens de gás e de poeira que bloqueiam a luz visível. A radiação infravermelha consegue passar através destas nuvens, deixando observar, por exemplo, estrelas em formação, o centro das galáxias e a formação de novos sistemas solares.
Bonita imagem da nebulosa Carina, obtida pelo telescópio Spitzer. A estrela brilhante no centro é Eta Carinae, uma das estrelas de maior massa da galáxia. O seu brilho ofuscante está a esculpir e a destruir a nebulosa circundante.
Eta Carinae é uma estrela gigante, com cerca de 100 vezes a massa do nosso Sol. Queima o seu combustível nuclear tão rapidamente que é, no mínimo, um milhão de vezes mais brilhante que o Sol. Alguns astrónomos acham que pode explodir como uma supernova num futuro não muito distante.
Esta tremenda saída de energia altera a nebulosa circundante. A luz infravermelha da estrela destrói partículas de poeira, esculpindo cavidades e deixando pilares de material mais denso que apontam para a estrela. A visão infravermelha do Spitzer permite ver o pó, que se vê de cor vermelha, assim como nuvens de gás brilhante quente que aparecem a verde - Crédito: NASA/JPL-Caltech
O telescópio Spitzer é a última missão da NASA pertencente ao programa dos Grandes Observatórios Espaciais- Great Observatories Program, constituído por quatro telescópios espaciais projectados para observar o Universo, cada um num comprimento de onda diferente: Telescópio Espacial Hubble (luz visível e, agora, também infravermelho), Observatório de raios X Chandra e o Observatório de Raios Gama Compton (já extinto), para além do Spitzer em infravermelho.
"A maioria dos nossos Grandes Observatórios Espaciais ainda está no espaço, cada um com sua perspectiva única sobre o cosmos", disse Paul Hertz, director da Divisão de Astrofísica da NASA, em Washington. "A decisão de ter telescópios espaciais cobrindo todos os comprimentos de onda de luz foi confirmada pelas descobertas espectaculares feitas por astrónomos de todo o mundo usando o Spitzer e os outros Grandes Observatórios".
Fonte: NASA
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