Imagem composta da região em torno de Sagitário A * (Sgr A *), o buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea. Contém emissão de raios X do Observatório de Raios-X Chandra, em azul, e emissão de infravermelho do Telescópio Espacial Hubble, em roxo e amarelo. A caixa mostra uma ampliação de Sgr A *, apenas em raios-X, cobrindo uma região de meio ano-luz de largura. A emissão difusa de raios-X é de gás quente capturado pelo buraco negro e sendo absorvido. Este gás quente tem origem nos ventos produzidos por uma distribuição, em forma de disco, de jovens estrelas massivas detectadas em observações em infravermelho - Crédito: NASA/UMass/D.Wang et al., IR: NASA/STScI
Novas observações do gigantesco buraco negro, localizado no centro da nossa galáxia Via Láctea, indicam que menos de um por centro do gás dentro do seu alcance gravitacional é absorvido pelo buraco. Em vez disso, a maior parte do gás é ejectado de novo para o espaço, o que ajuda a explicar por que o objecto tem um brilho fraco.
O supermassivo buraco negro da Via Láctea, de nome Sagitário A* ou Sgr A *, com a massa de 4 milhões de sóis, está localizado a cerca de 26.000 anos-luz da Terra. Os astrónomos usaram o Observatório de raios-X Chandra, da NASA, para tentar explicar por que o material ao redor do gigante buraco negro apresenta um brilho extremamente fraco em raios-X.
Embora os buracos negros não sejam visíveis, nas áreas próximas à sua volta de um modo geral há emissão de radiação forte a partir do material que cai dentro delas. Mas isto não acontece com Sgr A *.
As novas descobertas do Chandra mostram que a maior parte do material dentro da influência gravitacional de Sgr A * é atirada de novo para o espaço. Consequentemente, a emissão de raios-X a partir do material perto do buraco negro é extremamente fraca, tal como acontece com a maior parte dos buracos negros gigantes de galáxias no Universo próximo.
"A maior parte do gás deve ser ejectado para fora, por isso apenas uma pequena quantidade pode chegar ao buraco negro", disse Feng Yuan, do Observatório Astronómico de Shanghai, na China, e co-autor do estudo. "Ao contrário do que algumas pessoas pensam, os buracos negros realmente não devoram tudo o que é atraído em direcção a eles. Aparentemente, Sgr A * acha muito do seu alimento difícil de engolir."
Segundo o comunicado da NASA, o gás disponível para Sgr A * é muito difuso e super-quente, por isso é difícil de capturar e absorver. Os buracos negros mais vorazes, que dão energia a quasares e produzem enormes quantidades de radiação, têm reservatórios de gás muito mais frio e mais denso do que Sgr A *.
Fonte: NASA
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