Um novo estudo, publicado esta semana no 'Proceedings of the National Academy of Sciences' (
PNAS), mostra que as
populações do continente europeu durante o Paleolítico Superior, há 30 mil anos, eram capazes de fabricar farinhas a partir de uma grande variedade de plantas, o que torna a sua alimentação mais variada do que se pensavava até agora, que seria constituída essencialmente por carne, gorduras animais e vegetais.
Typha latifolia, espadana utilizada para obter farinha há 30 mil anos
Durante uma investigação em vários sítios arqueológicos na Europa, foram encontrados
restos de grãos de diferentes plantas selvagens e
pedras para moer com 30 mil anos (datação por radiocarbono), revelando que a moagem de plantas para obtenção de farinha era prática comum antes da existência da agricultura no Neolítico. Antes, tinham sido encontradas pedras de moagem com 20 mil anos, em Israel.
O estudo mostra que
podiam moer raízes, sementes ou rizomas, dependendo da planta. Entre as mais comuns estavam a
Typha angustifolia e
Typha latifolia, conhecidas por espadanas e semelhantes a juncos.
pita (pão sírio)
Com a farinha das plantas e água, faziam um pão achatado, em forma de bolacha, que era cozinhado numa pedra quente. Conseguiam, assim, um alimento que se conservava mais tempo, fácil de transportar nas suas caminhadas (eram caçadores recolectores) e bastante energético para combater o frio.
Mais informações
aqui e
aqui (espanhol)
Informação de suporte ao estudo (inglês)
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