Com base nas informações transmitidas pelo novo Cosmic Origins Spectrograph (COS) (Espectrógrafo das Origens do Cosmo-tradução livre), instalado no telescópio Hubble, da NASA, uma equipa de astrónomos concluiu que, há 11 bilhões de anos, todo o universo aqueceu, sofreu um aquecimento universal.Este aquecimento deveu-se às enormes explosões de radiação de buracos negros muito activos, que dificultaram o crescimento de algumas pequenas galáxias, durante quase 500 milhões de anos.
Através do Cosmic Origins Spectrograph, destinado a sondar o universo, invisível e remoto, os cientistas identificaram uma época, 11,7 - 11,3 milhões de anos atrás, quando o universo retirava electrões dos átomos de hélio primordial - processo de ionização. Este processo aqueceu o gás intergaláctico inibindo-o do colapso gravitacional para formar novas gerações de estrelas e algumas pequenas galáxias. As galáxias de menor massa não foram sequer capazes de segurar o seu gás, e ele escapou de volta para o espaço intergaláctico.
O universo passou por uma onda de calor inicial, há mais de 13 bilhões de anos atrás, quando a energia produzida por estrelas massivas primitivas provocou a ionização do hidrogénio interestelar (frio), resultante do big-bang. Esta época é realmente chamada de reionização porque os núcleos de hidrogénio ficavam, originalmente, num estado ionizado logo após o Big Bang.
Passados 2 bilhões de anos, formaram-se no universo fontes de radiação ultravioleta com energia suficiente para também reionizar o hélio primordial resultante do big-bang. Esta foi, precisamente, a descoberta do telescópio Hubble.
Esta radiação emanava de quasares. Na verdade, a época em que o hélio era reionizado corresponde a um tempo de transição na história do universo, quando os quasares eram mais abundantes.
O universo era um local muito violento nessa altura. As galáxias colidiam frequentemente, originando buracos negros supermassivos no núcleo de algumas galáxias com gás. Os buracos negros converteram parte da energia gravitacional desta massa em poderosa energia ultravioleta que era expelida para fora das galáxias. Esta energia aqueceu o hélio intergaláctico de 18000º Fahrenheit para perto de 40000º causando a sua reionização. Quando terminou este processo, o gás intergaláctico arrefeceu de novo e continuou a formação de galáxias anãs.
O relatório científico sobre esta descoberta será publicado na edição de 20 de Outubro do Astrophysical Journal.
Fonte: HubbleSite NewsCenter
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