Miconia calvescens- Fonte: wikipédia
A Miconia pode crescer até uma altura máxima de 15 metros. A sombra das suas folhas enormes impede que qualquer outra planta cresça nas proximidades. Esta planta compete com as plantas naturais, acabando por fazê-las desaparecer.
O sistema de raízes da Miconia calvescens é superficial o que, com chuvas fortes, agrava o risco de deslizamento de terras nas encostas íngremes. Como consequência, no Tahiti e no Havaí, aumentaram os níveis de sedimentos nas comunidades ribeirinhas, no litoral e recife.
Com as alterações climáticas, em determinadas épocas do ano, a precipitação vai aumentar nestas regiões, o que vai agravar mais os deslizamentos de terras e os seus impactos ambientais sobre a erosão do solo, a pesca nos recifes, e as funções das bacias hidrográficas.
A invasão da Miconia calvescens afecta, indirectamente, a biodiversidade costeira e serviços dos ecossistemas e cria riscos públicos. Os especialistas calculam que 40 a 50% das plantas endémicas do Tahiti podem estar em risco de extinção, devido à disseminação da Miconia calvescens.
As espécies invasoras e as alterações climáticas são duas das maiores ameaças do mundo natural, e os seus efeitos combinados podem ser desastrosos tanto para o ambiente como para a economia. Miconia calvescens é, apenas, um exemplo.
É esta a ideia central do estudo realizado pelo Programa Mundial sobre Espécies Invasoras (GISP), com o apoio do Banco Mundial, "Espécies Invasoras, Alterações climáticas e Ecossistemas", que define os vínculos que existem entre as espécies invasoras e as alterações climáticas e o que se deve fazer para atenuar o seu impacto.
Fonte: Espécies Invasoras, Alterações climáticas e Ecossistemas
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