sexta-feira, 6 de julho de 2012

Máfia dos rinocerontes volta as armas contra os leões da África do Sul

Casal de leões sul-africanos (Panthera leo krugeri) - Fonte: wikimédia commons

O comércio de ossos do leão sul-africano tornou-se no novo negócio dos bandidos asiáticos que se dedicam ao tráfico de chifres de rinoceronte. Os ossos do felino são usados para elaborar poções tradicionais.
"São as mesmas mafias que traficam os chifres de rinoceronte que estão a comercializar ossos de leão", assegura Jo Shaw, especialista em Comércio e Tráfico de Espécies do Fundo para a Protecção da Vida Selvagem da África Austral (EWT, sigla em inglês).
Na África do Sul, são criados leões em cativeiro, em péssimas condições, destinados à caça por turistas que pagam bem para isso. Agora sabe-se que os ossos dos leões dessas quintas de criação são comercializados a preços cada vez mais elevados. A proibição internacional da venda de ossos de tigre fez aumentar a procura de ossos de leão nos mercados asiáticos. Segundo a ONG britânica Lion Aid, o esqueleto de um leão pode atingir 10000 dólares, este ano.
Os conservacionistas receiam que os felinos sul-africanos se tornem num negócio tão lucrativo como o dos chifres de rinoceronte, e começem também a ser vítimas de caça ilegal, ameaçando os leões selvagens, dos quais apenas restam cerca de 20000 na África do Sul.
Para tentar travar o tráfico de ossos de leão e proteger os leões sul-africanos, está a decorrer uma campanha global na internet desde o passado 28 de Junho. O objectivo é recolher um milhão de assinaturas exigindo ao presidente da África do Sul, Jacob Zuma, que acabe com este comércio cruel de leões, uma iniciativa que surgiu na página web da Avaaz, uma organização que propõe acções a favor de causas sociais.
Fonte: El Mundo.es

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