O
corvo-marinho guanay, o
alcatraz piquero e o
pelicano-do-peru, são três das aves marinhas que habitam o Oceano Pacífico, na costa do Perú e do norte do Chile.
Estas aves fazem parte da biodiversidade da região e desempenham, desde há muito, uma função importante na economia local, sobretudo do Perú, onde são consideradas as
principais produtoras de guano.
Corvo-marinho de guanay, Leucocarbo bougainvillii, principal produtor de guano, espécie quase ameaçada (IUCN Red List em 2008)
A palavra "guano " tem a sua origem na linguagem Quichua, da civilização Inca e significa "o excremento de aves marinhas".
O
Peru é o maior produtor de um dos
principais adubos naturais e totalmente orgânicos encontrado no mundo: o
guano, feito dos
excrementos de pássaros, uma
alternativa ecológica aos fertilizantes químicos.
Alcatraz piquero, Sula variegata, a segunda espécie mais abundante de aves marinhas que habitam a costa peruana e a segunda mais importante na produção de guano, estado de conservação pouco preocupante
O guano tem sido colhido, ao longo de vários séculos, da costa do Perú, tal como já faziam os incas, para fertilizar os solos. A costa peruana, com numerosas ilhas sem qualquer tipo de vegetação, particularmente as Chincha, constitui um lugar ideal para espécies como o corvo-marinho, o pelicano e o piquero. Estas ilhas são o habitat de colónias com milhares de aves marinhas desde há muito tempo, e o guano acumulado tem muitos metros de profundidade.
Pelicano-do-perú, thagus Pelecanus, espécie quase ameaçada (IUCN Red List em 2008)
Actualmente a produção de guano enfrenta alguns problemas derivados da pesca excessiva de anchovas, principal alimento das aves, o que pode fazer diminuir a sua população. Fenómenos meteorológicos extremos, como
El Niño, também podem afectar as aves marinhas por escassez de alimentos.
Mais informações e vídeo em
"Fezes de aves é negócio lucrativo no Peru"
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