Magnífica imagem do cometa ISON com a sua longa cauda flutuando num cenário com inúmeras galáxias em pano de fundo e estrelas em primeiro plano. É uma composição de imagens captadas pelo Telescópio Espacial Hubble, em 30 de Abril de 2013 - Crédito: NASA, ESA, and the Hubble Heritage Team (STScI/AURA)
O cometa ISON, de nome oficial C/2012 S1, é, como todos os cometas, uma bola de neve suja composta de poeira e gases congelados como água, amónia, metano e dióxido de carbono. Os cientistas acreditam que estes são alguns dos blocos de construção fundamentais que levaram à formação dos planetas há 4,5 biliões de anos.
De acordo com os cientistas, o cometa está a fazer a sua primeira viagem em direcção ao sistema solar interior, vindo da distante Nuvem de Oort, uma colecção aproximadamente esférica de cometas e estruturas em forma de cometa que existe num espaço entre um décimo ano-luz e um ano-luz do Sol.
ISON vai passar a cerca de 1.200 mil quilómetros do Sol, em 28 de Novembro, tornando-se um cometa Sungrazer (rasante), que poderá evaporar ainda mais a sua poeira rochosa perto do periélio - ponto da órbita mais próximo do Sol, podendo revelar melhor a sua composição.
À medida que se aproxima do Sol, o cometa vai aquecendo gradualmente e, neste processo, vão-se libertando diferentes gases conforme vão sendo ultrapassados os seus pontos de evaporação. Os cientistas estão a monitorizar toda esta actividade a partir do solo e também do espaço.
Utilizando o Telescópio Espacial Spitzer, da Nasa, astrónomos observaram fortes emissões de dióxido de carbono com origem no cometa ISON. As observações do telescópio, em infravermelho, indicam a emissão lenta de dióxido de carbono, juntamente com poeira, formando uma cauda com cerca de 300.000 quilómetros de comprimento.
Imagem do cometa C/2012 S1 (ISON), captada pelo telescópio Spitzer, em 13 de Junho, com o ISON aproximadamente a 500 milhões de quilómetros do Sol. O lado esquerdo mostra uma cauda de poeira rochosa fina saída do cometa e atirada para trás (para o lado contrário ao Sol) pela pressão da luz solar à medida que o cometa se move em direcção ao Sol. Na imagem do lado direito foi retirada a informação sobre o pó, e revela uma estrutura redonda muito diferente - a primeira detecção de uma atmosfera de gás neutro envolvendo ISON, provavelmente criada por dióxido de carbono que se liberta a partir da superfície do cometa a uma taxa perto de 1000 mil quilogramas por dia - Crédito: NASA/JPL-Caltech/JHUAPL/UCF
As observações do Spitzer foram feitas a 13 de Junho de 2013, com o ISON a cerca de 312 milhões milhas (502.000 mil quilómetros) a partir do Sol ou 3,35 vezes mais longe que a Terra.
O cometa foi descoberto a 21 de Setembro de 2012, aproximadamente entre Júpiter e Saturno, por Vitali Nevski e Artyom Novichonok no International Scientific Optical Network (ISON), perto de Kislovodsk, na Rússia. A organização ISON, que deu o nome ao cometa, é formada por um grupo de observatórios em dez países com o objectivo de detectar, monitorar e rastrear objectos no espaço. Fonte: NASA
Sem comentários:
Enviar um comentário