A animação mostra como o gelo, na Gronelândia, é naturalmente transportado das várias partes do interior para a costa através dos glaciares. As cores representam a velocidade do fluxo de gelo, com as áreas em vermelho e roxo deslocando-se mais rapidamente, a taxas de quilómetros por ano. As setas indicam a direcção do fluxo.
Durante a última década, os cientistas mostraram que o fluxo de gelo está a acelerar nos terminais dos glaciares da Gronelândia, à medida que se deslocam para o oceano na costa ocidental.
Agora uma nova pesquisa mostra que as regiões do interior também estão a fluir muito mais rápidamente do que estavam no inverno de 2000/2001.
Os autores do estudo explicam que a água resultante do degelo superficial, ao infiltrar-se através de fracturas da camada de gelo, vai aquecer o gelo a partir de dentro, facilitando o seu fluxo que se torna mais rápido.
"O sol derrete o gelo na superfície, e a água flui para interior da camada de gelo carregando uma enorme quantidade de energia latente", disse William Colgan, pesquisador e co-autor do estudo. "A energia latente, em seguida, aquece o gelo."
De acordo com os cientistas, os resultados têm implicações importantes nas plataformas de gelo e glaciares em todo o mundo. "Isso poderia implicar que as plataformas de gelo podem descarregar gelo no oceano muito mais rapidamente do que o previsto actualmente", disse Thomas Phillips, principal autor do novo estudo. "Isso também significa que os glaciares ainda não terminaram de acelerar e podem continuar por mais algum tempo. À medida que o degelo se expande para o interior, a aceleração vai acontecer mais para o interior.
Por isso, para entender o futuro aumento do nível do mar, os cientistas precisam levar em conta a energia latente da água do degelo e o seu potencial papel no aumento de velocidade dos glaciares e plataformas de gelo em direcção aos oceanos de todo o mundo.
Fonte: NASA
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