A nave espacial Voyager 1, da NASA, entrou na região de estagnação, entre o nosso Sistema Solar e o espaço interestelar, onde ela deverá entrar dentro de poucos meses ou anos - Crédito: NASA/JPL-Caltech
A nave espacial Voyager 1, da NASA, entrou numa nova região entre o nosso Sistema Solar e o espaço interestelar, que os cientistas chamam de "stagnation region" (região de estagnação).
Na região de estagnação, o vento de partículas carregadas que flui para fora do nosso Sol abrandou e voltou-se para o interior, pela primeira vez, o campo magnético do Sistema Solar aumentou de intensidade e as partículas de maior energia do interior do nosso Sistema Solar parecem estar a sair para o espaço interestelar.
Ao mesmo tempo, a Voyager detectou um fluxo 100 vezes maior de electrões vindos do espaço interestelar, o que é outra indicação da aproximação da fronteira.
A borda interna da região de estagnação está localizada a cerca de 113 unidades astronómicas (UA) ou 16,9 biliões de km do Sol. Actualmente, a Voyager 1 está a cerca de 119 unidades astronómicas (UA) ou 17,8 biliões de km do Sol. A distância até à borda externa é desconhecida.
"Voyager diz-nos que agora estamos numa região de estagnação na camada mais externa da bolha que envolve o nosso Sistema Solar", disse Ed Stone, cientista do projecto Voyager, no Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena. "Voyager está a mostrar que o que está fora está a comprimir. Não devemos esperar muito para descobrir como é o espaço interestelar".
Embora a nave Voyager 1 esteja a cerca de 18 biliões de Km do Sol, ainda não está no espaço interestelar. Os dados mais recentes mostram que a direção das linhas do campo magnético não mudou, indicando que Voyager ainda está dentro da heliosfera, a bolha de partículas carregadas emitidas pelo Sol. Os dados não revelam exactamente quando a Voyager 1 ultrapassará a atmosfera solar para o espaço interestelar, mas sugerem que será dentro de poucos meses ou anos.
Lançadas em 1977, as Voyager 1 e 2 estão a funcionar bem. A Voyager 2 está a 15 biliões de Km de distância do Sol.
Fonte: NASA
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