Grandes herbívoros com chifres, como os ceratópsidos, já estavam com problemas quando o asteróide atingiu a Terra - Fonte: wikipédia
Um novo estudo publicado esta semana na 'Nature Communications' sugere que os dinossáurios já tinham problemas de sobrevivência antes de serem atingidos por um meteorito que atingiu a Terra, há 65,5 milhões de anos. Algumas espécies já haviam começado a extinguir-se 12 milhões de anos antes do impacto, no final do período Cretácico.
Os autores do estudo acreditam que provavelmente alguns dinossáurios teriam desaparecido mesmo que o asteróide não tivésse caído, embora tenha havido outros, como o 'Tyrannosaurus rex', que mantiveram a sua população ou a aumentaram durante o mesmo período.
A descoberta mostra a grande biodiversidade destes animais, muito diferentes na morfologia e na dieta, e com uma evolução diferenciada durante o Cretáceo.
Até agora, acredita-se que os dinossáurios desapareceram da Terra no final do período Cretácico, há 65,5 milhões de anos, devido a intensa actividade vulcânica e, sobretudo, como consequência do impacto de um grande asteróide, que deveria ter cerca de 10 Km de diâmetro. Supõe-se que a gigantesca Cratera de Chicxulub, na Península de Yucatán (México), resultou desse impacto.
Para mostrar a evolução das populações de dinossáurios, os investigadores analisaram os fósseis de sete subgrupos de grandes répteis que viveram no Cretáceo final, comparando as estruturas dos seus esqueletos numa escala global e regional.
Os resultados indicam que as populações de dinossáurios herbívoros gigantes ( como os hadrossauros de bico de pato ou os ceratópsidos com chifres) já haviam começado a diminuir antes.
Pelo contrário, outros dinossáurios carnívoros (como o 'Tyrannosaurus rex' e o 'Troodon formosus') e herbívoros de tamanho médio prosperavam e as suas populações mantiveram-se ou aumentaram durante esse período.
Grandes carnívoros como o 'Tyrannosaurus rex' prosperaram no período Cretácico - Fonte: wikipédia
Os investigadores verificaram que os grandes herbívoros estavam a ficar cada vez mais parecidos, estavam a perder a variedade, o que significa dificuldades. Os grupos onde a variedade aumenta têm mais possibilidade de sobreviver, pois podem ocupar novos habitats ou adaptar-se melhor às mudanças, como aconteceu com os carnívoros e herbívoros médios, no Cretáceo.
O estudo revelou que no final do Cretáceo, quando o asteróide caiu, nem tudo estava bem na Terra: alguns dinossáurios estavam em decadência e outros prosperavam.
Fonte: El Mundo.es
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