A nuvem de poeira do cometa Shoemaker-Levy 9 criou ondulações no anel de Júpiter - Crédito: M. copyright Showalter
A ilustração mostra o cometa Shoemaker-Levy 9 indo contra Júpiter, em Julho de 1994, enquanto a sua nuvem de poeira cria um rastro ondulante no anel de Júpiter.
O cometa, tal como foi observado pelo Telescópio Espacial Hubble, aparece como uma seqüência de fragmentos avermelhados caindo em Júpiter, a partir do sul. A imagem do Hubble mostra, mais tarde, as manchas escuras onde pedaços do cometa já tinham colidido com o planeta. O débil anel, com base em imagens obtidas pela missão Galileo da NASA, normalmente é muito fraco, mas foi reforçado para a ilustração. As faixas mostram os rastros das nuvens de poeira do cometa. Os impactos destas partículas de poeira inclinaram o anel do seu eixo.
O anel de Júpiter mostra as ondulações provocadas pelo cometa Shoemaker-Levy 9 em julho de 1994 - Crédito: NASA / JPL-Caltech / SETI
Estas imagens, obtidas a partir de dados da sonda Galileo da NASA, mostram as ondulações subtis no anel de Júpiter e que os cientistas associaram com o impacto do cometa Shoemaker-Levy 9, em Julho de 1994. A imagem do topo foi obtida pela Galileo, em 9 de Novembro de 1996, e mostra a ponta do anel de Júpiter. A imagem do meio é uma versão da primeira, reforçada por computador para mostrar as ondulações. A terceira imagem mostra um modelo de computador construído a partir dos dados.
As imagens dos anéis de Saturno, obtidas pela sonda Cassini, revelam que também foram perturbados. Os cientistas atribuem as ondulações de Saturno a um objecto semelhante - provavelmente uma outra nuvem de fragmentos do cometa, no segundo semestre de 1983. O estudo vem publicado num artigo da revista Science.
Crédito: JPL / NASA / Space Science Institute
Esta imagem da Cassini, obtida em Agosto de 2009, um mês antes do equinócio de Saturno, permite observar faixas alternadas claras e escuras, que se estendem a uma grande distância entre os anéis D (à direita) e C (à esquerda) de Saturno. Mostram variações no brilho dos anéis que são quase certamente causadas pelas mudanças no plano ondulado dos anéis, tal como as ondulações de um telhado de zinco.
Mais tarde, imagens durante o equinócio revelaram a verdadeira dimensão desta ondulação, estendendo-se completamente através do anel C, até a borda do anel B, numa extensão de cerca de 19.000 km - ver imagem de alta resolução.
Ver animação, numa série de três imagens, mostrando como os anéis de Saturno se comportaram como um anel de papelão ondulado, depois de ficarem inclinados em relação ao plano equatorial de Saturno (animação).
Fonte: NASA