terça-feira, 15 de março de 2011

Fenómenos cósmicos da Nebulosa da Tarântula

 A Nebulosa da Tarântula é uma vasta nuvem de estrelas em formação de gás e poeira, na galáxia da Grande Nuvem de Magalhães, vizinha da Via Láctea.

Nebulosa da Tarântula é a mais brilhante do seu tipo no Universo local - Crédito: NASA, ESA, ESO

Conjuntamente com estrelas moribundas, a Nebulosa da Tarântula está cheia de jovens estrelas que se formaram recentemente, a partir do abastecimento de gás hidrogénio da nebulosa. Estas estrelas jovens brilham com luz ultravioleta intensa que ioniza o gás, transformando-o em luz vermelha. A luz é tão intensa que, embora situada a cerca de 170 000 anos-luz fora da Via Láctea, a Nebulosa da Tarântula, no entanto, é visível mesmo sem telescópio, em noite escura.
Esta imagem do Telescópio MPG / ESO, do Observatório Europeu do Sul, em La Silla, Chile, por entre estruturas de poeira e gás, mostra a localização do compacto e brilhante superaglomerado de estrelas RMC 136, responsável por grande parte da radiação que alimenta o brilho multicolorido da nebulosa.

Parte da Nebulosa da Tarântula, obtida pelo Telescópio Espacial Hubble. Região de formação estelar de hidrogénio ionizado, na Grande Nuvem de Magalhães, vizinha da Via Láctea, contendo na região central a super-massiva estrela RMC 136a1  - Crédito: NASA, ESA

Jovem e brilhante superaglomerado RMC 136, que contém a estrela mais massiva, RMC 136a1, localizada no centro da imagem. Tem perto de 300 vezes a massa da nossa estrela e 10 milhões de vezes a sua luminosidade. - Crédito: ESO/P. Crowther/C.J. Evans

Dentro do aglomerado está a estrela RMC 136a1, encontrada recentemente e a estrela mais pesada descoberta até ao momento: a estrela tem uma massa cerca de 300 vezes a massa do Sol.

Ilustração mostrando o tamanho relativo de estrelas jovens, desde a pequena "anã vermelha", com 0,1 massas solares, através da "anã amarela", de baixa massa como o Sol, a "anã azul" estrela massiva com oito vezes mais massa que o Sol, até estrelas como R136a1, com cerca de 300 vezes a massa solar - Crédito: ESO/M. Kornmesser

Esta nebulosa contém também os restos da supernova SN 1987A, a supernova mais perto da Terra a ser observada desde a invenção do telescópio no século 17. A estrela explodiu em 1987 e, a partir daí, formou-se uma onda de choque em expansão fazendo brilhar o gás à sua volta, criando um "colar de pérolas" de bolsas de gás incandescente em redor dos restos da estrela.
NGC 2060 é o remanescente de outra supernova e que contém o pulsar mais brilhante conhecido.
Fonte: Hubble News

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