Réplica de pintura rupestre da Gruta de Chauvet, considerada espectacular pela quantidade, qualidade e estado de conservação das suas pinturas. Aqui podem ver-se treze espécies diferentes de animais, entre os quais leões, panteras, ursos, rinocerontes, cavalos, bovídeos, veados, etc. - Fonte: wikipédia
Um estudo da Gruta de Chauvet, em França, confirma que as suas famosas pinturas de arte rupestre são "as mais antigas e mais elaboradas já encontradas".
Nem sempre os especialistas têm estado de acordo sobre a época destas pinturas de ursos, rinocerontes e cavalos da gruta de Chauvet, na região de Ardèche do sul da França.
Alguns pesquisadores consideraram as técnicas de pintura utilizadas e o estilo sofisticado dos desenhos, datando-os num período entre 12.000 e 17.000 anos atrás, pertencente à chamada cultura Magdaleniana, em que os nossos antepassados usaram a pedra e ossos para fazer arte.
Pintura rupestre, rinoceronte na parede da Gruta de Chauvet, França (réplica) - Fonte: wikipédia
No entanto, através de datação por radiocarbono de amostras de arte na pedra, carvão vegetal e ossos de animais encontrados na gruta de Chauvet, os cientistas demonstraram que as pinturas eram mais antigas, possivelmente entre 30.000 e 32.000 anos, que corresponde a período da história cultural do homem moderno chamado Aurignaciano.
O novo estudo publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences está baseado na análise, denominada datação geomorfológica e cloro 36, das superfícies de deslizamento das rochas que cercam a suposta única entrada da gruta.
Pintura ruprestre, leões (ou leoas) na parede da Gruta de Chauvet, França (réplica) - Fonte: wikipédia
Os resultados sugerem que um penhasco sobranceiro começou a ruir há 29.000 anos, desmoronando-se repetidamente ao longo do tempo, e acabou por selar a entrada da gruta, há cerca de 21.000 anos, provavelmente bloqueando o acesso humano ao interior. A gruta só foi reaberta em 1994.
Segundo os autores, a obstrução da entrada da gruta por avalanche e as datações anteriores de radiocarbono da ocupação humana e animal sugerem que as pinturas têm mais de 21.000 anos, o que sustenta a ideia de que foram criadas por pessoas da cultura Aurignaciana, que viveram entre 28.000 e 40.000 anos atrás. Assim, "o estudo confirma que as pinturas rupestres da gruta de Chauvet são as mais antigas e as mais elaboradas já descobertas, desafiando o nosso conhecimento actual sobre a evolução cognitiva humana."
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