Múmia do "homem de gelo" Ötzi, encontrada num glaciar dos Alpes, em 1991 - Fonte: wikipédia
O corpo mumificado de Ötzi, conhecido por "homem do gelo", foi encontrado num glaciar entre Italia e Austria, em 1991, e é a primeira vítima de assassinato que se tem conhecimento científico.
Os cientistas analisaram amostras dos tecidos das feridas da múmia, nas costas e na mão direita, com um microscópio de força atómica, uma ferramenta nanotecnológica que permite varrer a superfície das amostras, mostrando imagens tridimensionais e milhões de vezes ampliadas dos pormenores.
Desta maneira encontraram os glóbulos vermelhos que confirmaram através de espectroscopia Raman, para identificar as diversas moléculas ali presentes, como a hemoglobina e outras proteínas. Os glóbulos vermelhos de Ötzi são semelhantes aos do homem moderno e são os mais antigos glóbulos humanos conhecidos. Ficaram conservados e em bom estado no corpo, durante mais de 5.000 anos, no gelo dos Alpes.
Segundo Albert Zink, director do Instituto das Múmias e do Homem do Gelo, em Bolzano, e líder da investigação, o estudo dos glóbulos vermelhos confirma que Ötzi morreu com cerca de 46 anos, em consequência dos danos causados pela seta e, além disso, indica que a ferida nas costas era fresca e, portanto, ele morreu pouco tempo depois de ser ferido nas costas.
Em Fevereiro de 2012, foi revelado o genoma completo de Ötzi. A múmia encontra-se no museu de Bolzano, desde 1998, juntamente com todos os objectos, roupas e armas, encontradas com ela. O conjunto constitui uma visão preciosa sobre a Idade do Cobre, de grande valor para o conhecimento da história do homem.
Fonte: Publico.pt e El Mundo.es
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