As trilobites eram animais marinhos que existiram no período Cambriano até ao Permiano, quando se extinguiram - Fonte: wikipédia
Segundo os cientistas, essa demora aconteceu porque a crise foi muito intensa, atingiu uma grande diversidade de seres vivos, e as más condições na Terra permaneceram durante muito tempo após a primeira onda de extinção.
No final do período Permiano, quase toda a vida na Terra foi exterminada, sobrevivendo apenas cerca de 10% das plantas e dos animais existentes. Foi a maior crise biológica que afectou a vida nos oceanos e em terra, desencadeada por um conjunto de choques físicos ambientais provocados por aquecimento global, chuva ácida, a acidificação e falta de oxigénio nos oceanos.
A nova pesquisa mostra que as más condições terrestres se repetiram durante cinco a seis milhões de anos, com sucessivas ondas de extinção depois da crise inicial e antes das condições ambientais se tornarem normais novamente, passados quase 5 milhões de anos. Depois que as crises ambientais deixaram de ser graves, a recuperação dos ecossistemas foi gradual e durou até ao Triássico médio, oito a nove milhões de anos depois da crise. Os animais especializadas que formam os ecossistemas complexos, com alta biodiversidade, teias alimentares complexas e uma variedade de nichos, levou muito mais tempo para recuperar.
Durante o Triássico, a fauna teve que se recuperar lentamente da extinção permiana, os répteis voltam a dominar o mundo (a maioria dos fósseis terrestres do Triássico são de répteis). Surgem os primeiros dinossauros. O estauricossauro (Staurikossaurus pricei, do grego "lagarto cruzeiro do sul") era um género de dinossauro carnívoro e semi-bípede que viveu durante o período Triássico, foi um dos primeiros dinossauros existentes no Planeta - Fonte: wikipédia
Para os cientistas, um dos aspectos positivos desta recuperação foi o aparecimento de novos grupos, como os répteis marinhos e crustáceos decápodes (por exemplo lagostas e caranguejos), assim como novos tetrápodes em terra, incluindo os dinossáurios. Houve uma reorganização da evolução da vida, surgindo a base dos ecossistemas modernos.
"Muitas vezes vemos as extinções em massa como inteiramente negativas, mas neste caso mais devastador, a vida recuperou, depois de muitos milhões de anos, e surgiram novos grupos. O evento redefiniu a evolução. No entanto, as causas da morte - o aquecimento global, a chuva ácida, a acidificação dos oceanos - são assustadoramente familiares actualmente. Talvez possamos aprender alguma coisa com estes acontecimentos antigos", salientou o professor Benton.
Fonte: Comunicado da Universidade de Bristol
Sem comentários:
Enviar um comentário