Imagem artisticamente modificada da galáxia local Arp 220, captada pelo Telescópio Espacial Hubble, que ajuda a ilustrar os resultados do telescópio Herschel. O núcleo brilhante da galáxia, combinado com a ilustração sobreposta dos jactos que dele emanam, indica que a actividade do buraco negro central está a intensificar-se. À medida que a actividade do buraco negro vai crescendo, a taxa de formação estelar na galáxia baixa - Crédito: NASA/JPL-Caltech
O Observatório Espacial Herschel ajudou a mostrar que as galáxias com buracos negros mais poderosos e activos nos seus núcleos produzem menos estrelas do que as galáxias com buracos negros menos activos. Os resultados são os primeiros a demonstrar que buracos negros impediram a formação de estrelas galácticas quando o Universo tinha menos de metade da sua idade actual.
Supõe-se que os núcleos de todas as grandes galáxias são ocupados por buracos negros supermassivos. Quando o gás é atraído por eles, os materiais são acelerados e aquecidos em torno do buraco negro, libertando grandes correntes de energia. Neste processo, os buracos negros activos muitas vezes geram jactos colossais, na forma de dois fluxos de matéria aquecida em sentidos opostos.
No início da história do universo, esses gigantes buracos negros luminosos, conhecidos por núcleos galácticos activos, frequentemente eram muito mais brilhantes e mais energéticos. A formação de estrelas também era maior nessa época.
Os astrónomos acham que a entrada de gás numa galáxia estimula a formação de novas estrelas e a actividade dos buracos negros. Num novo estudo de galáxias distantes, Herschel ajudou a demonstrar que a formação estelar e a actividade do buraco negro aumentam simultâneamente, mas só até certo ponto. Os buracos negros podem evitar a formação estelar.
De acordo com os astrónomos, ao alimentar demais um buraco negro, ele começa a produzir demasiada radiação que lança para a galáxia, dispersando os reservatórios galácticos de gás frio necessários para criar novas estrelas.
Fonte: NASA
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