Cerca de 300 linces-ibéricos vivem na natureza, em Espanha, o que foi considerado muito positivo por parte da UICN - Fonte: wikipédia
Há dez anos, o lince-ibérico foi classificado como criticamente em perigo de extinção, quando apenas restavam 94 exemplares. A situação deve-se, principalmente, á redução drástica da sua principal presa, o coelho-bravo, devido a doenças, agravada pela destruição do habitat - o matagal mediterrânico -, perseguição e apropelamento.
O anúncio foi feito pelo suíço Urs Breitenmoser, co-presidente da UICN e presidente do grupo de especialistas em felinos da organização, numa entrevista ao jornal espanhol Europa Press, neste domingo, salientando que os três pilares da conservação do lince-ibérico – a população selvagem, a reintrodução de animais na natureza e o programa de reprodução em cativeiro – estão a registar uma evolução "espantosa" na Andaluzia. Este perito esteve em Espanha para a avaliar o trabalho desenvolvido na recuperação do lince-ibérico (Lynx pardinus), o felino mais ameaçado do mundo.
Para Luis Suárez, responsável pelo Programa de Biodiversidade da WWF em Espanha, a possibilidade de baixar o nível de ameaça do lince-ibérico significa que se trabalhou bem na sua recuperação e conservação, mas salienta que essa possibilidade tem que ser tratada com "prudência", pois o lince continua a ser uma espécie muito ameaçada.
Segundo o especialista espanhol, actualmente existem cerca de 300 exemplares na natureza. Para que o lince-ibérico não corra o risco de voltar à situação anterior, é necessário continuar com cautela o trabalho desenvolvido até agora.
Em Portugal, a espécie está extinta e trabalha-se para a sua recuperação no Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro para o Lince-Ibérico, na Herdade das Santinhas, em Silves. Actualmente, vivem no centro 18 linces (nove fêmeas e nove machos), para além de 17 crias que nasceram nesta época reprodutora. Existem, também, vários projectos de recuperação do habitat natural do lince, entre os quais na região de Moura/Barrancos e na Serra da Malcata.
Fonte: Publico.pt e Europa Press
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