Tigres-da-Tasmânia ou tilacinos num zoo. O último exemplar desta espécie morreu no Zoo de Hobart, em 7 de Setembro de 1936 - Fonte: wikipédia
O tigre-da-Tasmânia ou tilacino (Thylacinus cynocephalus) era o maior marsupial carnívoro, quando os primeiros europeus chegaram à Austrália. O último exemplar da espécie, parecido a um cão doméstico, morreu em cativeiro em 1936.
Graças à tecnologia, ainda se pode ver os últimos animais vivos em 7 pequenos filmes realizados no Hobart Zoo da Tasmânia e no London Zoo.
Agora, um novo estudo publicado online no jornal PLoS ONE sugere que a espécie já estava com problemas antes de extinguir-se. A análise de amostras de tecido retiradas de 12 exemplares de museu, recolhidas entre 1852 e 1909, revela que a população de tilacinos na Tasmânia tinha uma baixa diversidade genética antes da extinção, possivelmente como resultado do seu isolamento geográfico do continente australiano cerca de 10.000 anos atrás.
Algo semelhante acontece com o diabo-da-Tasmânia (Sarcophilus harrisii), um marsupial carnívoro aparentado com o tigre-da-Tasmânia e que, juntamente com ele, ficou isolado na Ilha da Tasmânia na mesma altura.
O diabo-da-Tasmânia corre perigo de extinguir-se por causa de um tumor facial mortal e altamente contagioso - Fonte: wikipédia
Actualmente, a população de diabo está ameaçada de extinção devido a um tumor facial muito agressivo e altamente contagioso. A sua diversidade genética também é muito limitada, o que pode ter contribuído para a rápida propagação da doença.
O isolamento geográfico dos dois maiores carnívoros da Tasmânia isolou também os seus genomas. No caso do tigre-da-Tasmânia, já vulnerável, a perturbação do ecossistema causada pelos colonos europeus, a perseguição e a caça contribuiram para a extinção da espécie.
Apesar do seu declínio evidente, o tigre-da-Tasmânia só recebeu protecção oficial do Governo da Tasmânia cerca de dois meses antes de morrer o último exemplar conhecido no Zoo de Hobart, em 7 de Setembro de 1936.
Fonte: Science
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