Ilustração de buraco negro supermassivo activo, com uma corrente de jacto saindo, na nossa direcção, a uma velocidade próxima à da luz - blazar - Crédito: NASA / JPL-Caltech
Os blazars (blazares) estão entre os objectos mais energéticos do universo. São buracos negros supermassivos activos, no núcleo de galáxias gigantes. À medida que a matéria é atraída para o buraco negro, parte da energia é libertada na forma de jactos deslocando-se quase à velocidade da luz. Os jactos dos "Blazars" estão apontados directamente para a Terra.
Os astrónomos procuram este tipo de buraco negro supermassivo por todo o universo, analisando os dados recolhidos pelo satélite Wide-field Infrared Survey Explorer (WISE), da NASA, tendo encontrado mais de 200 blazars.
Os blazars são diferentes de outros buracos negros activos, pois os seus jactos dirigidos ao nosso planeta apresentam propriedades únicas quando observados ao telescópio. Os jactos emitem uma gama completa de luz, dominada por raios gama de alta energia. Como as partículas dos jactos são aceleradas quase à velocidade da luz, eles apresentam uma assinatura específica em infravermelho, que o satélite WISE conseguiu detectar.
A imagem obtida pelo satélite WISE, da NASA, mostra um blazar - um buraco negro supermassivo voraz, dentro de uma galáxia, com um jacto apontado directamente para a Terra - Crédito: NASA / JPL-Caltech / Kavli
WISE examinou todo o céu em luz infravermelha, em 2010, criando um catálogo com muitos milhões de objectos celestes de todos os tipos. A primeira parte dos dados foi disponibilizada à comunidade astronómica, em Abril de 2011, e os dados para todo o céu foram divulgados o mês passado.
Utilizando os primeiros dados do WISE, os astrónomos procuraram as assinaturas em infravermelho de blazars na localização de fontes de raios gama misteriosas, tendo revelado mais de 200, mas podem ser muitos mais. No entanto, os cientistas afirmam que este tipo de objecto é raro, pois não é comum que o jacto de um buraco negro aponte para a Terra.
Os resultados da pesquisa estão publicados numa série de artigos no Astrophysical Journal e poderão ajudar os astrónomos no estudo dos rapidíssimos jactos e evolução dos buracos negros supermassivos no início do universo.
Fonte: NASA
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