Urso-polar e cria - Fonte: wikipédia
Estudos anteriores indicavem que o urso-polar descendia do urso-pardo (Ursus arctos), atendendo a semelhanças no seu ADN mitocondrial (herdado só da mãe e que contém apenas uma porção pequena de todo o genoma). Por essa razão, assumiu-se que a espécie árctica descendia dos seus parentes castanhos, tendo surgido entre 166 mil e 111 mil anos, o que a teria obrigado a adaptar-se rapidamente às condições do Árctico.
Uma equipa de cientistas analisou o ADN nuclear de 19 ursos-polares, 18 ursos-pardos e sete ursos-negros (Ursus americanus). As diferenças detectadas entre os genomas indicam que as espécies polar e parda divergiram de um antepassado comum, há cerca de 600.000 anos. Segundo os cientistas, era uma época marcada por eventos climáticos de arrefecimento da Terra e que poderão estar associados à origem do urso-polar.
O novo estudo sugere também que a adaptação da espécie às alterações climáticas foi um processo lento e não rápido, como anteriormente se supunha, uma evolução mais semelhante ao resto dos mamíferos árcticos. Isto significa que a capacidade de adaptação do urso-polar às condições do Árctico não é tão elevada, como se pensava. A espécie poderá ser muito mais sensível às alterações climáticas e não ter tempo para se adptar às temperaturas mais elevadas da Terra.
Actualmente, os ursos-polares enfrentam a perda do seu habitat em consequência do degelo, obrigando-os cada vez mais a aproximarem-se das zonas habitadas pelo homem, fazendo perigar a sua sobrevivência.
Fonte: Publico.pt / El Mundo.es
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