Os oceanos estão a aquecer, há pelo menos um século, uma indicação das alterações climáticas - Fonte imagem: wikipédia
O estudo realizado por uma equipa da Instituição de Oceanografia Scripps, nos EUA, e do Centro Nacional de Oceanografia, em Southampton, no Reino Unido, conclui que o
excesso de calor na atmosfera, devido às alterações climáticas originadas pelas actividades humanas, sobretudo desde a Revolução Industrial,
está a ser transferido para os oceanos há pelo menos mais de cem anos, isto é, globalmente
os oceanos têm aquecido pelo menos desde o final do século XIX ou início do século XX.
No seu estudo,
publicado online na revista Nature Climate Change, a equipa fez a comparação global entre os registos de temperaturas do oceano obtidas na expedição científica do navio britânico HMS Challenger3 (1872-1876) e as temperaturas actuais obtidas pelo Programa Argo, que integra dois programas de observação da Terra das Nações Unidas (o Sistema de Global de Observação do Clima e o Sistema Global de Observação dos Oceanos). As
mudanças de temperatura dos oceanos constituem um indicador chave das alterações climáticas.
Navio britânico HMS Challenger, da expedição científica Challenger (1872-76), cujas descobertas contribuiram para o estabelecimento das bases da oceanografia - Fonte: wikipédia
Os resultados desta comparação indicam que nas primeiras camadas do oceano até aos 700 metros de profundidade, a água aqueceu, em média, 0,33 graus Celsius desde a década de 1870. À superfície, o aumento foi maior: mais de meio grau (0,59 graus). Já a 900 metros de profundidade, a subida foi mais pequena (0,12 graus). Segundo a equipa, encontraram-se sinais de aquecimento até 1800 metros de profundidade. Além disso, o
aquecimento no Oceano Atlântico é maior do que no Pacífico.
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