A chuva de estrelas das Líridas tem origem num ponto perto da constelação de Lira, entre esta e a constelação de Hercules, a nordeste. A imagem mostra o mapa celeste em Bragança, Portugal, cerca da meia-noite, em 21/22 de Abril
No pico da chuva são esperados cerca de 18 meteoros por hora, mas devem ver-se toda a noite com um aumento de actividade a partir das 22 horas (em Portugal), quando a constelação Lira está um pouco mais alta no horizonte. Para encontrá-la basta procurar Vega, a sua estrela mais conhecida e a segunda mais brilhante do hemisfério norte, e que é perfeitamente visível a nordeste.
Os meteoros das Líridas costumam ser muito brilhantes, o que torna esta chuva de estrelas mais espectacular que outras com mais meteoros e mais conhecidas. Este ano, com a Lua Nova, podemos apreciar melhor o espectáculo cósmico, desde que não haja nuvens.
As Líridas têm origem no pó deixado pelo cometa 'Thatcher', sempre que a terra passa por ele, o que acontece todos os anos, nesta altura. As poeiras são atraídas pela gravidade terrestre e entram na atmosfera a cerca de 49 Km por segundo. Ao atravessá-la, a sua temperatura sobe e entram em combustão, produzindo a luz que se observa. O seu maior brilho deve-se à composição da cauda do cometa 'Thatcher' que visita o Sistema Solar cada 415 anos.
Embora a chuva de meteoros pareça nascer na constelação de Lira, olhar directamente para a constelação não será a melhor maneira de apreciar as Líridas, podem parecer pontos brilhantes com caudas muito curtas. Segundo os especialistas, o melhor a fazer é sair de casa e deitar-se de costas a olhar para cima.
Sem comentários:
Enviar um comentário