quinta-feira, 19 de abril de 2012

Novo lagarto "abelhão" descoberto nas florestas da Papua-Nova Guiné

Llagarto "abelhão" (Nactus kunan), encontrada no solo das florestas tropicais da Papua-Nova Guiné. Foi descoberto em 2010 e descrito como nova espécie em 2012 - Crédito: Robert Fisher , U.S. Geological Survey

Biólogos do Museu Nacional da Papua-Nova Guiné, Museu de História Natural do Smithsonian e do Serviço Geológico norte-americano (USGS, sigla em inglês), descobriram uma nova espécie de lagarto que apresenta a pele com nódulos e riscas douradas e pretas, como um abelhão, perfeitamente camuflado no solo das florestas tropicais.
Os lagartos encontrados medem 12,7 centímetros da cabeça à ponta da cauda, e foram colhidos em Maio de 2010, na Ilha Manus da Papua-Nova Guiné.
A nova espécie, de nome científico Nactus kunan, devido ao seu padrão de cores - kunan quer dizer ‘abelhão’ na linguagem local - foi descrita por George Zug, do Museu Nacional de História Natural do Smithsonian, e Robert Fisher, do Western Ecological Research Center (USGS) num relatório publicado na revista "Zootaxa".

Os nódulos da pele e o padrão de riscas do lagarto "abelhão", favorecem a sua camuflagem no solo das florestas tropicais - Crédito: Robert Fisher , U.S. Geological Survey

A descoberta aconteceu durante uma expedição para estudar a biodiversidade dos lagartos na região do Pacífico, apoiada pelo Instituto Smithsonian, Departamento de Defesa norte-americano e pelo USGS. A expedição é a primeira realizada na região, e ainda está no início, com possibilidade de encontrar outras novas espécies.
Para a directora do USGS, Marcia McNutt, “esta descoberta de uma nova espécie no coração das florestas da Nova Guiné é motivo para celebração e acrescenta mais um capítulo ao ‘Livro da Vida’”. “Mas o verdadeiro trabalho começa agora. Encher as páginas com as maravilhas sobre esta nova criatura, o seu papel no ecossistema da floresta, a sua adaptação ao ambiente e, talvez, até mesmo novas estratégias para lidar com doenças e das quais poderemos beneficiar.”
Mais informações em Publico.pt e USGSnews

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