A imagem composta de 30 Doradus. Constitui um dos maiores mosaicos obtidos a partir de fotos do Hubble, em Outubro de 2011. A imagem do Hubble foi combinada com dados terrestres sobre a Nebulosa da Tarântula, tirados com o telescópio do Observatório Europeu do Sul, de 2,2 metros, em La Silla, Chile, para comemorar 22 º aniversário do Hubble - Crédito: NASA, ESA, D. Lennon and E. Sabbi (ESA/STScI), J. Anderson, S. E. de Mink, R. van der Marel, T. Sohn, and N. Walborn (STScI), N. Bastian (Excellence Cluster, Munich), L. Bedin (INAF, Padua), E. Bressert (ESO), P. Crowther (University of Sheffield), A. de Koter (University of Amsterdam), C. Evans (UKATC/STFC, Edinburgh), A. Herrero (IAC, Tenerife), N. Langer (AifA, Bonn), I. Platais (JHU), and H. Sana (University of Amsterdam)
Dentro de uma semana, em 24 de Abril de 2012, o Telescópio Espacial Hubble comemora o 22º aniversário no espaço, descobrindo o Universo que, por vezes, nos mostra em todo o seu esplendor.
Para celebrar a data, o Hubble brinda-nos com uma preciosa imagem de 30 Doradus, uma região de formação estelar, com milhões de jovens estrelas e estrelas das mais massivas que se conhecem, localizada no coração da Nebulosa da Tarântula, assim chamada pelos seus filamentos brilhantes que fazem lembrar as pernas de uma aranha. Encontra-se a cerca de 170.000 anos-luz de distância.
30 Doradus é a mais brilhante região de formação estelar visível na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da nossa Via Láctea. A proximidade da região com a Terra permite que o Hubble possa resolver estrelas individuais, dando informações importantes sobre o nascimento e a evolução das estrelas.
A imagem revela várias etapas do ciclo de vida estelar, desde estrelas embrionárias a estrelas com poucos milhares de anos, ainda envoltas em casulos de gás escuro, até gigantes estelares que desaparecem jovens em explosões de supernovas.
30 Doradus é uma fábrica de formação de estrelas, produzindo estrelas a um ritmo enorme ao longo de milhões de anos. Hubble mostra aglomerados de estrelas de várias idades, desde cerca de 2 milhões para cerca de 25 milhões de anos.
O aglomerado de estrelas de Hodge 301, em 30 Doradus, tem entre 20 milhões a 25 milhões de anos. Hodge 301 contém estrelas supergigantes vermelhas muito envelhecidas, indicando que o aglomerado é velho. Cerca de 40 estrelas massivas já explodiram como supernovas. A onda crescente de detritos está a chocar com o gás ejectado por estrelas em R136 (outro aglomerado), criando uma cadeia de formação de estrelas entre os dois aglomerados. As estrelas incipientes estão escondidas no gás denso e não se podem ver - Crédito: NASA, ESA, D. Lennon and E. Sabbi (ESA/STScI), J. Anderson, S. E. de Mink, R. van der Marel, T. Sohn, and N. Walborn (STScI), N. Bastian (Excellence Cluster, Munich), L. Bedin (INAF, Padua), E. Bressert (ESO), P. Crowther (University of Sheffield), A. de Koter (University of Amsterdam), C. Evans (UKATC/STFC, Edinburgh), A. Herrero (IAC, Tenerife), N. Langer (AifA, Bonn), I. Platais (JHU), and H. Sana (University of Amsterdam)
O grande ritmo de formação estelar em 30 Doradus pode ser devido, em parte, à proximidade com a sua galáxia companheira, a Pequena Nuvem de Magalhães.
As estrelas de grande massa estão a formar cavidades profundas no material que as envolve devido à sua luz ultravioleta, que afasta a nuvem de gás hidrogénio que as envolve e onde as estrelas nascem. A imagem revela uma paisagem de fantasia com pilares, cordilheiras e vales. Além de esculpir o ambiente gasoso, as estrelas brilhantes também podem desencadear uma nova geração de estrelas. Quando a radiação atinge as paredes densas de gás, cria choques, que podem estar a gerar uma nova onda de nascimentos de estrelas.
As cores representam o gás quente que domina as regiões da imagem. Vermelho significa o gás hidrogénio e azul o oxigénio.
Fonte: Hubble newscenter
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