Imagem do Envisat captada pelo satélite francês Pleiades, em 15 de Abril de 2012 - Crédito: ESA/CNES
Envisat é o maior satélite de observação terrestre e foi fotografado pelo satélite francês Pleiades, da agência espacial CNES, lançado em Dezembro de 2011 e que também é projectado para tirar imagens de alta resolução da Terra. As imagens do Envisat foram obtidas em 15 de Abril, com grande pormenor, quando as duas naves espaciais passaram a cerca de 100 Km uma da outra, e mostram que o enorme satélite está intacto e com o painel solar estendido.
Segundo a Agência Espacial Europeia (ESA), o satélite continua em órbita estável e os técnicos estão a usar estas fotos do encontro para determinar a orientação do painel solar, que é a fonte de energia da nave.
Se o painel estiver numa posição adequada para receber a energia solar suficiente para alimentar os sistemas de bordo, de modo a colocar o satélite em "modo de segurança", então pode ser possível restabelecer a comunicação com a Terra.
Para determinar se Envisat entrou no seu 'modo de segurança', a equipa encarregada da sua recuperação está a utilizar informação vinda de várias partes do globo.
Uma estação de radar em terra (TIRA), operada pelo Germany's Fraunhofer Institute for High Frequency Physics and Radar Techniques, em Wachtberg, também captou imagens do satélite para verificar a sua orientação no espaço.
Imagem de radar mostrando o satélite Envisat em órbita. Foi obtida pelo radar terrestre do Fraunhofer Institute for High Frequency Physics and Radar Techniques, na Alemanha, em 10 de Abril de 2012 - Crédito: ESA/Fraunhofer FHR
"Estas imagens únicas vão permitir analisar a orientação do Envisat, o que irá indicar se somos capazes de recuperar o contacto com o satélite", disse Manfred Warhaut, Chefe do Departamento de Operações da Missão da ESA.
Além disso, várias informações sobre a órbita e a sua estabilidade estão a ser fornecidas pelo Joint Space Operations Center dos Estados Unidos e estações de radar terrestres.
O satélite Envisat, lançado em 2002, observou a Terra durante dez anos (mais cinco anos do que o previsto), quando subitamente deixou de transmitir dados, depois de captar imagens da Península Ibérica e Ilhas Canárias.
Ele foi programado para ser substituído, em 2013, pelo primeiro da nova frota de satélites europeus, os satélites de observação terrestre Sentinel, que irão fornecer "os dados necessários aos serviços de informação para melhorar a gestão do ambiente, compreender e minimizar os efeitos das alterações climáticas e garantir a segurança civil".
Fonte: ESA
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