Espessura do gelo Árctico em Março de 2011, medida pelo satélite CryoSat, da Agência Espacial Europeia - Crédito: ESA
O primeiro mapa da espessura do gelo do mar Árctico foi apresentado, em Junho de 2011, utilizando os dados adquiridos entre Janeiro e Fevereiro desse ano. O mapa, agora divulgado, mostra a variação da espessura do gelo marinho durante toda a estação de Inverno, com os dados completos do CryoSat entre Outubro de 2010 a Março de 2011 e que pode ser visto neste endereço.
Este é considerado o primeiro mapa gerado a partir de dados de muito alta resolução, em comparação com medições de satélite anteriores.
A Agência Espacial Europeia salientou, no seu comunicado, a importância dos satélites na monitorização do gelo marinho do Árctico, atendendo às dramáticas consequências das alterações climáticas na região. Os satélites com radar, como o CryoSat, conseguem adquirir imagens de alta resolução através de nuvens e escuridão, sendo particularmente úteis no Árctico, onde há longos períodos de mau tempo e escuridão prolongada.
A missão CryoSat fornece dados para determinar, com precisão, a taxa de variação da espessura das camadas de gelo polares e do gelo marinho flutuante. É capaz de detectar alterações tão pequenas como 1 cm por ano. A informação do CryoSat levará a uma melhor compreensão de como o volume de gelo na Terra está a mudar e, por sua vez, uma melhor apreciação do modo como o gelo e o clima estão relacionados - Crédito: ESA – P. Carril
Todos os anos, o Oceano Árctico congela em grandes plataformas flutuantes de gelo, durante o Inverno, fundindo durante os meses de verão. Na última década, os satélites têm detectado uma aceleração na taxa de perda total do gelo do mar, significa que o gelo do mar está a diminuir.
"Dentro de anos, o Árctico será uma região de grande importância geopolítica", disse o Prof. Volker Liebig, Director dos Programas de Observação Terrestre da ESA.
"Supõe-se que 15 a 20 por cento do petróleo mundial e das reservas de gás estão lá, e encontraremos novas rotas de navegação mais curtas, à medida que o gelo derreter. Os satélites terão sempre um papel importante na gestão sustentável desta região sensível", acrescentou.
Nos próximos anos, o CryoSat irá mapear, com precisão, as alterações da espessura do gelo marinho, ano a ano, "para compreender melhor os efeitos das alterações climáticas no Árctico".
Fonte: ESA
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