Auroras do planeta Urano captadas, pela primeira vez, da Terra. Esta imagem composta combina observações das auroras, em luz visível e ultravioleta, realizadas pelo Telescópio Espacial Hubble, em 2011, com duas fotos do disco ciano de Urano, tiradas pela nave Voyager em luz visível, em 1986, e ainda as observações, em luz infravermelha, do ténue sistema de anéis de Urano, feitas pelo Observatório Gemini, em 2011 - Crédito: NASA, ESA, and L. Lamy (Observatory of Paris, CNRS, CNES)
Estas são as primeiras imagens de auroras boreais no planeta Urano, captadas a partir da Terra, a mais de 2,5 biliões de quilómetros.
As auroras foram detectadas através de observações do Telescópio Espacial Hubble, na forma de pontos luminosos ténues e de curta duração (apenas alguns minutos), ao contrário da Terra onde as auroras podem tornar o céu verde e roxo durante horas. As auroras foram observadas no lado diurno do planeta, o único que o Hubble pode observar.
As imagens em ultravioleta foram tiradas num momento da actividade solar intensa, em Novembro de 2011, em que jactos de partículas solares carregadas atingiram, sucessivamente, a Terra, Júpiter e Urano.
Em geral, as auroras são uma característica da magnetosfera, a área em torno de um planeta que é controlada pelo seu campo magnético e moldada pelo vento solar, um fluxo contínuo de partículas carregadas provenientes do sol.
As auroras são produzidas quando partículas solares de alta energia se movem ao longo das linhas do campo magnético até à atmosfera superior do planeta, fazendo com que os gases atmosféricos do planeta possam emitir radiação luminosa.
As auroras de Urano surgem um pouco mais afastadas dos pólos, supondo-se que isso resulta do campo magnético do planeta estar inclinado cerca de 59 graus em relação ao seu eixo de rotação, uma grande inclinação comparando com os 11 graus da Terra, e que faz de Urano um planeta único no Sistema Solar. No nosso planeta as auroras aparecem mais próximas das altas latitudes (pólos).
A magnetosfera de Urano é pouco conhecida, ao contrário da Terra, ou mesmo Júpiter e Saturno. O planeta foi investigado apenas uma vez, durante a passagem da nave Voyager, em 1986, cujos instrumentos detectaram as primeiras auroras.
Fonte: NASA
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