Fêmea de mosquito Aedes aegypti, que transmite a febre de dengue, alimentando-se de sangue - Fonte: wikipédia
O Brasil está a usar mosquitos macho da espécie Aedes aegypti, modificados geneticamente, para combater a febre de dengue que causa dores intensas, hemarragias e que também pode matar as pessoas infectadas.
Desde há um ano, mais de dez milhões de mosquitos transgénicos têm sido libertados na cidade de Juazeiro, na Bahia. Os mosquitos Aedes aegypti espalhados têm um gene que leva à morte os seus descendentes, tentando-se, deste modo, reduzir a população de mosquitos portadores de dengue para reduzir a transmissão da doença.
De acordo com o site SciDevNet, a experiência foi aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança do Brasil, e será alargada a várias cidades do país. A população da cidade de Juazeiro também foi consultada, e cerca de 90% manifestou-se a favor da libertação dos mosquitos.
Os resultados foram apresentados no Rio de Janeiro, no final do mês de Março, e são considerados “muito positivos” pela empresa brasileira Moscamed, produtora dos mosquitos. “Das amostras recolhidas no campo, 85 por cento dos ovos eram transgénicos, o que significa que os machos libertados estão a ultrapassar a população selvagem. Isto deverá resultar na diminuição de mosquitos Aedes e na redução da transmissão da dengue.”
Larva de mosquito Aedes aegypti, causador do dengue - Fonte: wikipédia
Os mosquitos transportando um gene que mata os descendentes antes de atingiremn a fase adulta foram desenvolvidos, inicialmente, numa empresa britânica. Já foram testados na Malásia e nas Ilhas Cayman, mas a experiência no Brasil é a maior realizada na natureza até agora.
No entanto, defensores da natureza e críticos destas experiências, receiam que a descendência destes mosquitos possa ser fértil na natureza com resultados ambientais imprevisíveis.
Mais informações em Público.pt e SciDevNet
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