segunda-feira, 9 de julho de 2012

Voando no universo

A região de formação estelar Vela C, parte do complexo de Vela, captada pelo Observatório Espacial Herschel da ESA - Crédito: ESA/PACS & SPIRE Consortia, T. Hill, F. Motte, Laboratoire AIM Paris-Saclay, CEA/IRFU – CNRS/INSU – Uni. Paris Diderot, HOBYS Key Programme Consortium

Uma bela borboleta azul e amarela parece voar em direcção a uma flor arredondada de poeira quente e gás, também azul, sobre um emaranhado de filamentos frios avermelhados. É uma imagem da região Vela C captada pelo Observatório Espacial Herschel da ESA.
Vela C é a mais massiva das quatro partes do complexo Vela, uma vasta região de formação de estrelas no plano da nossa galáxia, a Via Láctea, apenas a 2300 anos-luz. Nesta região estão a nascer estrelas massivas, mas também de massa mais baixa ou intermédia, tornando-a num laboratório ideal para o estudo do nascimento de estrelas.
Observando em comprimentos de onda do infravermelho distante, o observatório Herschel obteve uma imagem da nuvem molecular Vela-C, revelando o reservatório da nuvem de gás e poeira com grande detalhe. O observatório pode detectar regiões onde jovens estrelas de alta e baixa massa aqueceram áreas densas de gás e poeira, onde as novas gerações de estrelas podem nascer.
As duas regiões azuladas destacam-se porque o seu pó e gás foi aquecido por jovens estrelas quentes. Um aglomerado de estrelas muito quentes e massivas estão espalhadas ao longo do "corpo" da borboleta, e a sua radiação aquece a poeira circundante vista em amarelo na imagem.
Estas estrelas massivas vão queimar rapidamente durante períodos de vida curtos em termos cósmicos. Aquelas com mais de oito vezes a massa do nosso Sol irão explodir como supernovas dentro de 10 milhões de anos de formação.
Uma zona densa de gás frio e poeira estende-se através do centro da imagem, rodeada por uma rede complexa de filamentos vermelhos. Dentro dos filamentos estão numerosos pontos brancos, sobretudo à esquerda da imagem, e que são 'protoestrelas', as sementes de novas estrelas de massa que pode ser mais baixa e que em breve também vão brilhar na região Vela do céu.
Fonte: ESA

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