Catatua de crista amarela (Catatua sulphurea), classificada como criticamente em perigo. O seu comércio está proibido - Fonte: wikipédia
O último relatório da organização Traffic denuncia a exportação de milhares de papagaios, catatuas e outras aves exóticas das ilhas Salomão, nos últimos 10 anos. As aves são registadas ilegalmente como criadas em cativeiro, mas as autoridades afirmam que as ilhas não têm grandes unidades de reprodução de aves.
As Ilhas Salomão recentemente juntaram-se à CITES, a convenção do comércio mundial dos animais selvagens, que estabelece condições diferentes para a negociação de animais criados em cativeiro e selvagens.
Segundo a Traffic, responsável pela monitorização do comércio da vida selvagem, as Ilhas Salomão tornaram-se num centro de "lavagem" de aves selvagens, com base no comércio de aves criadas em cativeiro.
O relatório revela que algumas das 35 espécies de aves exportadas das Ilhas Salomão estão na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas e o seu comércio está proibido, como é o caso da Catatua de Crista Amarela (Catatua sulphurea), classificada como criticamente em perigo.
Com outras aves, como o lory tagarelice (Lorius garrulus) e ave-do-paraíso azul (Paradisaea rudolphi), ambos estão classificados como vulneráveis e a exportação de animais selvagens está estritamente regulamentada.
Papagaio lory tagarelice (Lorius garrulus) está classificado de vulnerável e a sua exportação está regulamentada - Fonte: wikipédia
Calcula-se que cerca de 54000 aves foram exportadas das Ilhas Salomão, entre 2000 e 2010. Mais de 40000 foram declaradas como criadas em cativeiro. A maioria pertence às espécies nativas das Ilhas Salomão, mas mais de 13.000 eram originárias de outros locais, como a Indonésia e Papua Nova Guiné. As aves destinam-se principalmente à Malásia e Singapura, embora a Malásia tenha suspendido, recentemente, as importações das Ilhas Salomão, depois dos problemas levantados sobre a origem das aves exportadas.
Fonte: BBC news via Publico.pt
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