As bananas Cavendish são as mais comuns no mercado mundial, e estão ameaçadas pelo "mal-do-panamá" - Fonte: wikipédia
Uma equipa internacional de cientistas fez a sequenciação do genoma da banana, com mais de 36 mil genes, distribuídos por 11 cromossomas.
Foi escolhida uma variedade selvagem 'Musa acuminata', da mesma espécie que a Cavendish, a banana mais comum nos supermercados. O genoma da Musa acuminata entra na composição de todas as variedades comestíveis de banana, cruas ou cozinhadas.
A investigação publicada hoje na revista Nature pode ajudar não só a melhorar a produção mundial da banana mas também a combater os fungos que afectam as espécies comestíveis.
As bananas constituem um dos alimentos base em muitos países tropicais e subtropicais, e é a fruta mais popular em países industrializados.
As bananas Cavendish foram introduzidas no Ocidente nos anos 1950 e, desde então, são as mais utilizadas. Não têm sementes e são estéreis, assim como a maioria das variedades de bananas comestíveis existentes no mundo.
A domesticação da Musa (o género a que pertence a banana) começou há cerca de 7.000 anos no Sudeste Asiático. Envolveu várias alterações, incluindo a seleção de variedades sem sementes. Actualmente, metade da produção são bananas Cavendish, descendentes, por clonagem, de um único genótipo triplóide (possui três cópias de cada cromossoma).
Banana Musa balbisiana, espécie selvagem - Fonte: wikipédia
A domesticação teve como resultado um empobrecimento na diversidade genética das variedades comestíveis, que se tornaram mais vulneráveis aos agentes patogénicos, nomeadamente a Cavendish, a variedade com maior valor comercial. Esta banana tão divulgada está ameaçada por duas doenças causadas por fungos - uma nova forma do chamado "mal-do-panamá" e a sigatoka-negra, que representam um perigo para a produção mundial de banana.
Já em meados da década de 1950, uma forma anterior do "mal-do-panamá" acabou com a população mundial da banana Gros Michel, que foi substituída pela Cavendish que, nessa altura, era resistente àquela forma da doença. No entanto, já não é à forma actual.
De acordo com os cientistas, o conhecimento do genoma permite identificar os genes responsáveis pela resistência às doenças e qualidade da fruta, o que facilita a obtenção de variedades de bananas mais resistentes à doença.
Fonte: Publico.pt
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