Mosaicos de cores falsas do relâmpago captado pela sonda Cassini no meio das nuvens da gigantesca tempestade que rodeava o hemisfério norte de Saturno, durante a maior parte de 2011. O mosaico maior (à esquerda) mostra o relâmpago, que aparece como um ponto azul, assinalado pela seta branca. O mosaico menor (à direita) é composto por imagens captadas 30 minutos mais tarde, e onde já não se notam relâmpagos no local - Crédito: NASA/JPL-Caltech/SSI
A sonda Cassini, da NASA, captou imagens de relâmpagos em Saturno, em plena luz do dia do planeta.
Cassini estava a estudar a grande tempestade que alastrou no hemisfério norte de Saturno, o ano passado.
Os relâmpagos aparecem como manchas azuladas no meio das nuvens da maior tempestade que se conhece no planeta. É a primeira vez que os cientistas detectam um raio em comprimentos de onda visíveis, no lado de Saturno iluminado pelo Sol.
Os raios surgem mais brilhantes no filtro sensível à luz visível azul das imagens da câmara da sonda Cassini, em 6 de Março de 2011. Os cientistas aumentaram o tom azul para determinar o seu tamanho e localização, tornando o brilho mais visível. Eles observaram vários relâmpagos, mas ainda não sabem por que só o filtro azul os captou.
As imagens revelam que só a energia visível do relâmpago de dia em Saturno pode atingir os 3 biliões de watts por segundo, podendo comparar-se aos relâmpagos mais fortes da Terra. Além disso, abrange uma região com cerca de 200 Km de diâmetro, quando sai do topo das nuvens. Por isso, os cientistas acham que os raios se originam nas nuvens mais baixas da atmosfera de Saturno, onde congelam gotículas de água, tal como acontece com a formação de relâmpagos na Terra.
Embora sem a visão privilegiada da Cassini, podemos observar Saturno todos os dias a oeste, ao anoitecer, durante o mês de Julho, acompanhado de Vénus e a estrela Spica, da constelação de Virgem.
Fonte: NASA
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