A ilustração mostra um planeta gigante gasoso, à direita da sua estrela parecida com o Sol, e à volta, brilham as estrelas do aglomerado de Beehive, tornando o céu deste planeta, provavelmente, muito mais estrelado do que aquele que habitualmente se vê a partir da Terra, mesmo sem poluição luminosa - Crédito: NASA/JPL-Caltech
Astrónomos descobriram dois planetas gasosos gigantes que orbitam estrelas num aglomerado cheio de estrelas. São os primeiros planetas encontrados orbitando estrelas como o nosso Sol, num ambiente densamente povoado de estrelas.
Os planetas não são habitáveis, mas devem ter os céus muito mais estrelados do que aquele que se observa da Terra.
Os planetas são dois Júpiter quentes, gigantes gasosos em ebulição movendo-se muito perto das suas estrelas. Cada planeta orbita uma estrela diferente no aglomerado de Beehive (Colméia), na constelação de Caranguejo.
Os dois novos planetas são chamados Pr0201b e Pr0211b, o nome da respectiva estrela seguido por um "b", de acordo com a convenção da nomenclatura padrão para planetas. São os primeiros 'b's' de Beehive (as primeiras 'abelhas' da Colméia), como dizem os astrónomos. É uma referência ao som semelhante de 'b's' e 'bees' (abelhas).
Pesquisas anteriores em aglomerados já tinham detectado dois planetas em torno de estrelas de grande massa, mas nenhum tinha sido encontrado em torno de estrelas como o nosso Sol, até agora.
O aglomerado de Beehive, também conhecido por Praesepe (Manjedoura), Messier 44, NGC 2632, ou Cr 189, é um agrupamento com cerca de 1000 estrelas distribuídas em volta de um centro comum. É um aglomerado estelar aberto, localizado a cerca de 550 anos-luz de distância, um dos mais próximos do Sistema Solar.
Imagem do aglomerado estelar Beehive, na constelação de Caranguejo, com a localização dos seus primeiros planetas conhecidos, Pr0201b e Pr0211b, ou, como dizem os astrónomos, os primeiros 'b's' de Beehive (as primeiras 'abelhas' da Colméia) - Crédito: Stuart Heggie
Beehive tem um conjunto de estrelas nascidas numa mesma época e a partir da mesma nuvem gigante de material, daí terem uma composição química semelhante. Ao contrário da maioria das estrelas, que se espalham logo após o nascimento, estas estrelas jovens permaneceram frouxamente unidas por atração gravitacional mútua durante os últimos 600 milhões de anos. Eventualmente podem dispersar mais tarde.
Messier 44 é visível a olho nu, por isso é conhecido desde a antiguidade. O astrónomo clássico Ptolomeu chamou-o de "a massa nebulosa de Cancer," e foi um dos primeiros objectos que Galileu estudou com o seu telescópio.
Para Mario R. Perez, cientista astrofísico da NASA, do programa Origins of Solar Systems Program (Programa sobre as Origens dos Sistemas Solares), "a nossa galáxia contém mais de 1.000 desses aglomerados abertos, que potencialmente podem apresentar as condições físicas para abrigar muitos mais desses planetas gigantes."
Fonte: NASA
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