A ilustração representa um planeta hipotético, de órbita excêntrica, que se move através da zona habitável e, em seguida, afasta-se mergulhando num longo e frio inverno. Durante esta fase da órbita, qualquer água líquida no planeta vai congelar na superfície, no entanto, existe a possibilidade de que a vida poderia, em teoria, adaptar-se às novas condições, por exemplo, hibernando debaixo da superfície. Na Terra, a hibernação também é uma forma de ultrapassar as baixas temperaturas - Crédito: NASA/JPL-Caltech
Uma nova pesquisa revela que a vida pode ser capaz de sobreviver em mais exoplanetas do que os astrónomos pensavam.
Pesquisadores criaram uma nova ferramenta online, chamada "Galeria da zona habitável", e que determina o tamanho e a distância da zona habitável - região à volta da estrela onde pode existir água líquida - para cada sistema exoplanetário que foi descoberto e mostra quais os exoplanetas que orbitam nessa zona de conforto.
No seu movimento à volta do Sol, a Terra apresenta uma órbita circular, permanecendo sempre na sua zona habitável. Os resultados da pesquisa sugerem que os planetas alienígenas não precisam ser como o nosso planeta para serem capazes de suportar vida.
Muitos planetas de outros sistemas têm órbitas excêntricas, altamente elípticas e nas quais a distância entre o planeta e a estrela varia. Tais órbitas fazem com que o planeta se mova dentro e fora da zona habitável, dando-lhe breves períodos de condições mais benignas. De acordo com os pesquisadores, apesar de serem tão diferentes, planetas excêntricos podem abrigar vida, dependendo da percentagem do total da órbita passada na zona habitável.
Os cientistas têm encontrado formas de vida microscópicas na Terra que podem sobreviver a todos os tipos de condições extremas - organismos extremófilos. Estudos realizados com base em esporos, bactérias e líquens mostram que eles podem sobreviver em ambientes agressivos na Terra e condições extremas do espaço.
A pesquisa sugere que a zona habitável em torno de estrelas pode ser maior do que se pensava, e que a habitabilidade pode existir em muitos outros planetas - e não apenas naqueles que se parecem com o nosso. Planetas hostis para a vida humana - como a Terra primitiva - podem ser o lugar perfeito para a sobrevivência de extremófilos, como liquens e bactérias.
"A vida evoluiu na Terra numa fase muito inicial de desenvolvimento do planeta, em condições muito mais duras do que são actualmente", disse Stephen Kane, do Exoplanet Science Institute at the California Institute of Technology da NASA, em Pasadena, e principal autor do estudo publicado no jornal de Astrobiology.
Fonte: NASA
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