Terra (em forma de crescente) e Lua captadas, em 18 de Setembro de 1977, quando a Voyager 1 se encontrava apenas a 11660 mil km da Terra e diretamente acima do Monte Everest (no lado nocturno do planeta) - Crédito: NASA/JPL
Depois das 21.00 h (Tempo Universal) desta terça-feira (4 de Setembro de 2012), a nave espacial Voyager 1 está a 18,21 biliões de quilómetros da Terra, donde partiu em 5 de Setembro de 1977, 16 dias depois da nave gémea Voyager 2.
Agora, trinta e cinco anos depois, a Voyager 1 é uma sonda interestelar que viajou mais longe que qualquer objecto feito pelo homem. Encontra-se a uma distância 121 vezes a que separa a Terra do Sol e que a luz demora a percorrer 33 horas e 44 minutos.
Embora lançada mais tarde, a Voyager 1 chegou a Júpiter e Saturno antes que a Voyager 2, vendo primeiro os vulcões da lua de Júpiter, Io, a natureza do anel principal mais externo de Saturno, e a atmosfera profunda e obscura de Titã, lua de Saturno. Também se deve à Voyager a última imagem da missão, o famoso retrato de família do sistema solar, que mostrou a nossa Terra como um pálido ponto azul.
Actualmente, a Voyager 2 encontra-se a cerca de 15 biliões de quilómetros do Sol, indo em direcção ao sul, enquanto a Voyager 1 se dirige para norte. Nos últimos cinco anos, as duas naves exploraram a camada exterior da heliosfera, a bolha gigante de partículas carregadas emitidas pelo Sol. Aguarda-se ansiosamente a entrada das duas Voyagers no espaço interestelar.
Imagem de Io, obtida pela sonda Voyager 1, mostrando a pluma activa de Loki, o mais poderoso vulcão do sistema solar. As imagens que constituem este mosaico foram tiradas a uma distância média de aproximadamente 490.000 km - Crédito: NASA/JPL/USGS
Recentemente, os cientistas detectaram mudanças na Voyager 1 em duas das três observações que deverão ser diferentes no espaço interestelar. A quantidade de partículas de alta energia vindas do exterior do nosso sistema solar aumentou bastante, e as partículas de menor energia provenientes do interior do nosso sistema solar diminuiram brevemente, indicando uma aceleração no ritmo da mudança no ambiente da Voyager 1.
Os cientistas da equipa Voyager estão agora a analisar os dados sobre a direcção do campo magnético, que eles acreditam que mudará com a entrada no espaço interestelar, o que poderá acontecer talvez no próximo ano.
Mais informações sobre as sondas no site da Voyager.
Fonte: NASA
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