Fogos florestais activos em Portugal, em 3 de Setembro de 2012, pelas 14:10 (UTC), observados do espaço, pelo satélite Aqua da NASA - Crédito: NASA/MODIS Rapid Response system
Pelas 14:10 (UTC) desta segunda-feira, o satélite Aqua, da NASA, captou uma imagem de Portugal, embora num ângulo pouco directo, mostrando várias áreas do país atingidas pelo fogo, que continua a destruir o património natural e a colocar em perigo as vidas e os bens dos habitantes de muitas aldeias e vilas.
De acordo com a Protecção Civil, registaram-se hoje 224 incêndios em Portugal continental, em vários distritos, envolvendo 4.466 operacionais e 1.158 veículos. Um dos maiores e mais preocupante é o incêndio de Ourém, no distrito de Santarém. Já fez uma vítima mortal e o helicóptero pesado que combatia o fogo acabou por cair, fazendo dois feridos ligeiros.
Até Lisboa está a sentir os efeitos do fogo. O fumo dos incêndios nos concelhos de Mafra e Torres Vedras está a chegar à capital, arrastado pelo vento de Norte que se faz sentir, o que pode afectar a população mais idosa com problemas respiratórios e que, por isso, é aconselhada a não se expor ao fumo.
Com tantos fogos simultâneos, as autoridades portugueses pediram apoio para o seu combate, através do Mecanismo Europeu de Protecção Civil, que se destina a reforçar a cooperação em situações de emergência reais, seja dentro da União Europeia ou noutros países.
Como resultado, a Espanha disponibilizou dois aviões Canadair para ajudar a combater os incêndios e a Comissão Europeia concordou com o envio imediato de duas aeronaves de França, embora financiadas pela União Europeia.
Não é a primeira vez que Portugal recorre a este Mecanismo Europeu de Protecção Civil. Aconteceu nos incêndios florestais de 2003, 2004 e 2005. Outros países também beneficiaram dele em situações diversas como, por exemplo, as cheias no Sul de França (2003), o sismo no Irão (2003) ou o tsunami no sudoeste da Ásia, entre outros.
Devido à situação actual, a Protecção Civil elevou, até terça-feira, para o nível laranja, o segundo mais grave, o estado de prontidão de forças de combate a incêndios florestais, nos distritos mais afectados de Santarém, Coimbra e Viseu. Até quinta-feira, a baixa humidade relativa, temperaturas máximas que podem ser superiores a 30ºC e ventos quentes e secos, que podem ser fortes, são condições meteorológicas altamente favoráveis à propagação de incêndios florestais.
Fonte: Publico.pt
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