Mais de dois mil milhões de pessoas vivem sem água potável, causando milhões de mortes todos os anos pelos riscos sanitários resultantes - Fonte: wikipédia
O 4º Relatório da ONU sobre a água no mundo, apresentado no fórum, alerta para a pressão exerdida sobre os recursos hídricos em consequência do aumento da população – que passará a 9 mil milhões em 2050 – e as inundações e secas, trazidas pelas alterações climáticas.
De acordo com a directora-geral da Unesco, Irina Bokova, “a água doce não está a ser usada de forma sustentável”. O relatório da ONU indica que o consumo de água pela agricultura já representa cerca de 70% da água doce usada no mundo e deverá aumentar, pelo menos, 19% até 2050, quando a população mundial chegar aos nove mil milhões de pessoas.
A quantidade de água extraída dos aquíferos triplicou nos últimos 50 anos, colocando em stress muitos recursos hídricos. “As alterações climáticas vão afectar drasticamente a produção de alimentos no Sul da Ásia e no Sul de África, entre agora e 2030”, alerta o relatório. “Em 2070, o stress hídrico também vai afectar a Europa Central e do Sul”.
Aquífero Guarani, uma das maiores reservas de água subterrânea do mundo, localizado no subsolo da Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil com cerca de 70% da sua área. Devido à falta de água no planeta, a gestão deste aquífero está cada vez mais politizada e controversa - Fonte: wikipédia
O relatório da Organização para a Cooperação Económica e Desenvolvimento (OCDE), divulgado na semana passada, estima que a procura mundial de água vai aumentar 55% em 2050, com mais de 40% da população mundial a viver em bacias hidrográficas ameaçadas pelo stress hídrico.
Este documento alerta que, com uma reserva de água limitada, os gestores políticos serão obrigados a fazer uma melhor gestão entre a procura para a agricultura, energia, consumo humano e saneamento básico.
Na semana passada, a Organização Mundial de Saúde disse que 89% da população mundial já tem acesso a água potável, cumprindo em 2010 uma das metas dos Objectivos do Milénio, para 2015.
No entanto, ainda há 780 milhões de pessoas não servidas por água segura e 2,5 mil milhões sem saneamento.
Nesta terça-feira (13), numa declaração de 32 pontos que foi aprovada, os representantes governamentais comprometeram-se a acelerar o acesso a água potável e ao saneamento em todo o mundo, através de promessas de acção em áreas diversas, dos serviços da água à sua relação com a economia, dos desafios das alterações climáticas ao financiamento dos países mais pobres.
Este documento será levado à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que se realiza no Rio de Janeiro, em Junho próximo, e onde se discutirá a adopção de metas para o desenvolvimento sustentável, a partir de 2015 – quando expiram as Metas do Desenvolvimento do Milénio.
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