O Espectrómetro de imagens do Envisat, SCIAMACHY, realiza medições globais de traços de gases na troposfera e estratosfera. Este mapa da concentração média de dióxido de azoto troposférico foi criado usando dados colhidos desde janeiro de 2003 a junho de 2004 - Crédito imagem: S. Beirle, Platt e U. Wagner T. da Universidade de Heidelberg Instituto de Física Ambiental./University of Heidelberg
Em 1 de Março de 2002, Envisat, o maior satélite de observação da Terra, foi colocado em órbita a partir da base de lançamento da Agência Espacial Europeia em Kouru, na Guiana Francesa.
Há dez anos que o satélite europeu observa e monitoriza permanentemente a superfície terrestre, a atmosfera, os oceanos e as calotas polares, utilizando dez sofisticados sensores ópticos e de radar que transporta a bordo.
Projetado para uma missão de cinco anos, o satélite duplicou a sua vida útil, circulando a Terra mais de 50.000 vezes. Durante esta década, publicaram-se mais de 2.000 trabalhos científicos baseados nos seus dados. O satélite, com 8,2 toneladas de peso e 25 metros de comprimento por 10 de largura, orbita a 800 Km de altitude, completando cada órbita em 100 minutos a uma velocidade superior a 7 Km por segundo.
Entre os dispositivos científicos do Envisat destaca-se o Radar Avançado de Abertura Sintética (ASAR), que opera dia e noite pela sua capacidade de observar a superfície terrestre através da cobertura de nuvens ou de noite. É um instrumento particularmente útil para monitorizar a evolução das regiões polares, sujeitas a longos períodos de mau tempo e escuridão. No verão passado, o radar ASAR detetou o mínimo histórico da extensão de gelo marinho que flutua sobre o Ártico.
O espectrómetro MERIS do Envisat analisa a cor dos oceanos e a cobertura do terreno. Com as suas imagens é possível gerar mapas de alta resolução da cobertura do terreno, que são muito úteis para avaliatr os efeitos das alterações climáticas, para ajudar nos esforços de proteção da biodiversidade e para melhorar a gestão dos recursos naturais.
O fitoplâncton é a base da cadeia alimentar marinha, e desempenha um grande papel na remoção do dióxido de carbono da atmosfera e na produção de oxigénio nos oceanos. Diferentes tipos e quantidades de fitoplâncton apresentam cores diferentes (mancha em tons de azul e verde). O instrumento MERIS do Envisat pode monitorizar estas algas. Logo que aconteça a proliferação, o sensor de cor do oceano pode fazer uma identificação inicial do seu pigmento de clorofila e, portanto, identifica as espécies e toxicidade. Como o fitoplâncton é sensível às mudanças ambientais, é importante monitorizá-lo para determinar as alterações climáticas e identificar as algas potencialmente nocivas - Crédito: ESA
A Agência Espacial Europeia e a Comissão Europeia concordaram em manter o Envisat em funcionamento até 2013, altura em que a nova geração de satélites de observação da Terra, os Sentinel, estão completamente operacionais.
Fonte: ESA
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