As imagens mostram a cobertura de gelo do Oceano Árctico em 1980 e 2012, observada pelos sensores de microondas do satélite Nimbus-7, da NASA, e pelos sensores do Programa de Satélites Meteorológicos de Defesa, do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. O gelo de vários anos (plurianual) aparece em branco brilhante, enquanto a cobertura média de gelo do mar está entre azul claro e branco leitoso. Os dados mostram a cobertura de gelo para o período de 1 de novembro até 31 de janeiro, nos respectivos anos - Crédito: NASA/Goddard Scientific Visualization Studio
Um novo estudo da NASA mostra que o gelo da camada mais espessa e mais antiga do Oceano Árctico está a desaparecer mais depressa que o gelo mais novo e mais fino das bordas da capa de gelo flutuante do Árctico. Este rápido desaparecimento do gelo mais antigo torna a camada de gelo flutuante ainda mais vulnerável a desaparecer no verão.
Quanto mais espessa for a camada de gelo, formada por gelo de vários anos, melhor sobrevive à fusão do verão, enquanto o gelo jovem, formado durante o inverno, derrete rapidamente. O rápido desaparecimento do gelo mais antigo torna o gelo do Oceano Ártico ainda mais vulnerável ao declínio no verão, disse Joey Comiso, cientista do Goddard Space Flight Center, em Greenbelt, Maryland, e autor do estudo, que foi recentemente publicado no Jornal do Clima.
Segundo o estudo, a extensão do gelo mais antigo (de vários anos) - que inclui todas as áreas do Oceano Ártico, onde o gelo de há vários anos cobre pelo menos 15 por cento da superfície do oceano - está diminuindo a uma taxa de -15,1 por cento por década.
"A espessura média da camada de gelo do Oceano Árctico está a diminuir, porque está a perder rapidamente o gelo de vários anos, que é o mais espesso. Ao mesmo tempo, a temperatura da superfície do Árctico está a subir, de que resulta uma temporada de formação de gelo mais curta ", disse Comiso. "Seria preciso um frio persistente para que a maioria do gelo antigo e outros tipos de gelo pudéssem aumentar o suficiente a espessura durante o inverno, para sobreviver à fusão da temporado de verão e inverter a tendência."
Fonte: NASA
Sem comentários:
Enviar um comentário