No final de Fevereiro de 2012, o satélite Terra da NASA, captou esta imagem, em tom natural, mostrando a coloração verde pálido das águas do Oceano Atlântico, ao longa da costa da Namíbia, África, numa extensão de cerca de 150 km - Crédito: NASA/Jeff Schmaltz, LANCE/EOSDIS MODIS Rapid Response Team at NASA GSFC
A cor verde não resulta da formação de fitoplâncton - que apresenta cores mais vivas - mas indica altas concentrações de enxofre em águas com baixa concentração de oxigénio.
Periodicamente, há emissão de gás sulfídrico (sulfureto de hidrogénio) ao longa da costa do deserto da Namíbia. As correntes oceânicas transportam para a região águas pobres em oxigénio, que pode esgotar-se devido a processos químicos e biológicos. Os sedimentos no fundo do mar local, são também ricos em matéria orgânica. Quando a matéria orgânica se decompõe num ambiente pobre em oxigénio, pode resultar emissão de sulfureto de hidrogénio. Antes dos satélites, os moradores da região identificavam o gás pelo seu cheiro característico a ovos podres.
Estes processos não alteram apenas a cor das águas, são também tóxicos para os organismos marinhos locais. Morrem peixes nas águas pouco oxigenadas, no entanto, as suas carcaças permitem a vida de outros, como as aves e lagostas da região que se alimentam delas. Até mesmo algumas espécies de foraminíferos - minúsculos organismos marinhos com concha - prosperam nos sedimentos pobres em oxigénio do fundo do mar, ao largo da costa da Namíbia. É o ciclo da vida em pleno funcionamento.
Fonte: NASA/Earth Observatory
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