Milhões de japoneses rezam e recordam hoje em silêncio as vítimas do terramoto e tsunanmi, enquanto nas regiões costeiras, ainda em recontrução, soaram as sirenes em homenagem, um ano depois da tragédia.
Em 11 de Março de 2011, pelas 14h45 (hora local), a costa leste do Japão foi abalada violentamente por um terramoto de grande intensidade, seguido por um tsunami que matou quase 20 mil pessoas (incluindo os desaparecidos) e cerca de 326 mil desalojados, causando o pior acidente nuclear civil da história em Fukushima, depois de Tchernobil.
O mundo também sinalizou o primeiro aniversário da catástrofe com um concerto em Nova York, na Assembleia Geral da ONU, lembrando as vítimas do terramoto e tsunami.
Participaram do concerto o grupo musical Wakumizu Kagura, da região rural de Tohoku, uma das mais atingidas pelo terremoto, e Ondekoza, um grupo de tambores japoneses, ou taiko, considerada uma arte milenar.
Simultaneamente, também foi aberta, na sede da ONU, uma exposição com 160 fotos sobre o terremoto e o tsunami, material produzido por 23 fotógrafos do Japão e 25 jornais e agências de notícias do país.
Um ano depois da catástrofe, a reconstrução é lenta, na costa nordeste do Japão. As autoridades dizem que a recuperação completa levará pelo menos uma década. (imagens da recontrução)
Um dos principais problemas da reconstrução é a quantidade de destroços feitos pela ondas gigantes e que se acumulam em espaços públicos destruídos, ao longo da costa. São cerca de 22,5 milhões de toneladas de destroços, o equivalente a 20 anos de resíduos sólidos urbanos. Até agora, só 6% foram processados de forma definitiva.
Entre os milhares de desalojados, 160 mil pessoas foram obrigadas a abandonar as habitações devido à radiação. Quem vivia na zona de exclusão de Fukushima continua à espera de um dia poder voltar a casa.
As populações afectadas estão traumatizadas, confusas e suspeitam das autoridades. Não se conformam com a confusão e incompetência dos governantes e da empresa proprietária da central nuclear, que não tinha um plano de emergência para lidar com uma situação em que um tsunami inactivasse o sistema de arrefecimento dos reactores. Este domingo, a Tepco voltou a pedir desculpa às famílias das vítimas e reafirmou que não vai fugir às responsabilidades.
Lentamente, as pessoas vão tentando reconstruir as suas vidas. Veja mais algumas fotos: "a história visual da catástrofe do Japão"
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