Erupção do vulcão submarino Havre Seamount, observada por satélite da NASA, em 19 de Julho de 2012 - Crédito: NASA/Earth Observatory
Já está identificada a origem da grande massa de pedra-pomes que foi vista a flutuar no sul do Oceano Pacífico, perto das Ilhas Kermadec, a norte da Nova Zelândia. Imagens de satélite da NASA indicam que as rochas vulcânicas são provenientes da erupção de um vulcão submarino, chamado de Havre Seamount.
A jangada de rochas porosas foi observada, sexta-feira (10 de Agosto), por um barco da Marinha neozelandesa. Media cerca de 482 quilómetros de comprimento e mais de 48 quilómetros de largura, apresentando cerca de dois pés de espessura acima da superfície das ondas. Um avião militar neozelandês já tinha avistado as rochas no dia anterior, a cerca de 1.000 km da costa da Nova Zelândia.
A pedra-pomes é uma rocha vulcânica porosa que se forma durante erupções explosivas, quando a lava arrefece rapidamente, retendo gás no seu interior enquanto endurece. Como resultado, formam-se rochas leves, semelhantes a esponjas, que podem flutuar.
Inicialmente, a proveniência das pedras-pomes não era conhecida. Para determinar a sua origem os cientistas analisaram os registros de terramotos e imagens de satélite.
Cientistas do Tahiti e do GNS Science da Nova Zelândia admitiram que havia ligação entre a pedra-pomes e uma série de terramotos nas Ilhas Kermadec, nos dias 17 e 18 de Julho.
Por sua vez, os cientistas da NASA procuraram imagens da área, obtidas pelos satélites Aqua e Terra, durante o mês de Julho e acabaram por descobrir os primeiros sinais de uma erupção, com água manchada de cinzas, pedra-pomes e uma nuvem vulcânica, em imagens de 19 de Julho de 2012 (hora local da Nova Zelândia).
As imagens de satélite e medições do fundo do oceano permitiram identificar Havre Seamount como a fonte provável da pedra-pomes flutuante. O calor da erupção apareceu em imagens nocturnas do sensor MODIS, em 18 de Julho de 2012, de acordo com Alain Bernard do Laboratoire de Volcanologie, Université Libre de Bruxelles. Isto sugere que a erupção foi forte o suficiente para chegar à superfície do oceano, com 1.100 metros de profundidade.
Em 21 de Julho, a erupção parecia ter terminado, deixando para trás as jangadas densas de pedra-pomes. Os ventos e as correntes espalharam a pedra-pomes numa série de filamentos trançados, espalhados por uma área de cerca de 450 por 250 quilómetros.
Fonte: NASA/Earth Observatory
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