Elefante-africano - Fonte: wikipédia
As autoridades do norte dos Camarões denunciaram, esta semana, o massacre de mais de 200 elefantes, só neste início do ano de 2012, mortos por caçadores furtivos bem armados procedentes do Sudão e do Chade, para lhes retirarem as suas presas de marfim que, depois, são vendidas para a Ásia e Europa.
Os animais abatidos viviam no Parque Nacional de Bouba Ndjida, perto da fronteira com o Chade e, segundo as autoridades, os caçadores actuam com a conivência da população local que, assim, se livra dos danos causados pelos paquidermes nas culturas e ainda recebe, supostamente, carne de elefante em troca.
Em comunicado, o Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal (IFAW, na sigla em Inglês) reconheceu que é comum a caça furtiva de elefantes durante a estação seca como agora, mas o número de elefantes mortos é enorme e "não pode ser comparado com o de anos anteriores".
Segundo a organização, mais de 100 carcaças foram encontradas no parque de Bouba Ndjida, no mês de Janeiro, mas receia-se que possa haver muitas mais, pois o parque tem regiões inexploradas.
A IFAW refere que numerosas crias de elefante ficaram órfãs e abandonadas depois da matança e podem morrer de fome e sede, o que vai agravar o impacto da onda de caça sobre as populações ameaçadas de elefantes nos Camarões. E o conflito continua.
Presas de elefante de onde se extrai o marfim - Fonte: wikipédia
Celine Sissler-Bienvenu, porta-voz da organização, denunciou que "o marfim chega ilegalmente à África Ocidental e Central para ser vendido nos mercados da Ásia e Europa e o dinheiro obtido destina-se à compra de armas para manter conflitos regionais, particularmente no Sudão e República Centroafricana". Não se sabe ao certo quantos elefantes existem nos Camarões mas, de acordo com o relatório de 2007 da IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza), possivelmente restam entre 1.000 e 5.000.
Fonte: El Mundo.es / IFAW
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