O diabo-da-Tasmânia corre risco de extinção com o cancro facial, muito contagioso e 100% mortal até agora - Fonte: wikipédia
O diabo-da-Tasmânia (Sarcophilus harrisii), é o maior marsupial carnívoro vivo, actualmente fortemente ameaçado de extinção devido a uma rara doença de cancro facial, muito contagiosa e que se transmite entre a população da espécie na Austrália, pelas mordidelas que os animais dão uns nos outros, o que é comum nesta espécie.
Desde que a doença foi descoberta, em 1996, algumas áreas perderam cerca de 70% a 90% dos animais.
Os cientistas acreditam que podem surgir novas terapias e medicamentos depois de perceber as mutações genéticas que ocorrem neste tipo de cancro que está a matar os diabos-da-Tasmânia tão rapidamente. Para isso, pesquisadores sequenciaram o genoma do cancro assassino.
Para Elizabeth Murchison, autora do estudo publicado nesta quinta-feira no periódico científico Cell, "A análise do genoma do cancro do diabo-da-Tasmânia permitiu identificar as mutações que surgiram no cancro. Nós usamos o sequenciamento para identificar as mutações que podem ter desempenhado um papel funcional na causa do cancro. Além disso, vamos analisar estas mutações para estudar a propagação da doença".
O genoma do diabo-da-Tasmânia e do cancro facial vão ajudar a conhecer a doença e, mais tarde, formas de tratamento - Fonte: wikipédia
Os cientistas acreditam que a comparação entre o genoma do cancro com o DNA de diabos-da-Tasmânia saudáveis (que foi sequenciado o ano passado) pode explicar a propagação da doença e ajudar também a desenvolver vacinas que possam prevenir esta doença.
Foram identificadas mais de 17 mil mutações do cancro do diabo-da-Tasmânia, número comparável a mutações identificadas noutros tipos de cancros em humanos. Agora falta descobrir quais são as mais importantes.
O estudo já permitiu concluir que este cancro surgiu num único animal, do sexo feminino, e que se propagou rapidamente. Isto significa que todos os tumores presentes nos milhares de marsupiais atualmente são derivado das células de um único indivíduo doente, que os pesquisadores chamam de "diabo imortal", pois as suas células foram mantidas vivas em todos os animais doentes.
Mais informações sobre o diabo-da-Tasmânia em Save the Tasmanian Devil
Fonte: ÚltimoSegundo
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